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TEIXEIRA, Anísio. 1963: ano da educação. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n.122, jan. 1963. p.1-2.
Declara que o ano de 1963 parece ser o início
de uma nova era na vida escolar do país, pois o programa esboçado pelo Presidente da República, em sua fala instituindo o ano da Educação, conta com recursos e obedece a um planejamento e a uma sistematização.
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TEIXEIRA, Anísio. Administração pública brasileira e a educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.25, n.63, 1956. p.3-23
Examina a concepção de ciência
da administração que teria presidido a
organização dos serviços públicos brasileiros, implantada no País a partir de 1937, concentrando-se no exame de suas conseqüências sobre o setor da educação e da escola. Critica a concepção de administração como algo autônomo e geral, que se aplicaria a todos os campos, o divórcio entre a organização e o conteúdo da administração, assim como a hipertrofia de meios e processos puramente verbais, que desatenderiam os fins, dela decorrente.
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TEIXEIRA, Anísio. O alto sertão da Bahia. Revista do Instituto Geographico e Historico da Bahia. Salvador, v.52, 1926. p.295-309.
Crônica de sua viagem ao sertão da
Bahia, que coincidiu com a passagem da Coluna Prestes pelo interior do
Estado. Relata as impressões causadas pelas reações do
tipo sertanejo frente à ordem natural e social da região, que se encontravam particularmente transtornadas, então, pois a região atravessava um período de chuvas demasiadas e um processo sócio-histórico de desprestígio crescente dos chefes tradicionais locais. Examina a sensação de decadência que a região lhe causou, enfatizando o efeito desagregador e anárquico da influência da cidade central e da aparelhagem judicial e constitucional da República sobre as características peculiares de organização da sociedade sertaneja. Descreve a reação de terror e superstição dos sertanejos ao contato com os militares rebeldes refugiados no sertão, protestando contra o episódio, o qual, a seu ver, representava mais um abalo impingido àquela organização social e legal já precária, cuja população desconhecia a luta política do litoral e das capitais e jamais era ouvida nos acordos partidários do País.
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TEIXEIRA, Anísio. Análise de sistemas e educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.59, n.129, jan./mar. 1973. p. 57-59.
Estudo sobre análise de sistemas aplicada à administração da educação, considerando-a como nova forma de analisar e raciocinar sobre os dados de um sistema escolar.
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TEIXEIRA, Anísio. Aspectos da reconstrução da Universidade Latino-Americana. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.47, n.105, jan./mar. 1967. p.55-67.
Comenta que a autonomia da universidade não
é uma concessão do Estado que a mantém e dirige, mas
uma decorrência da natureza de suas próprias
funções - transmissão de cultura,
formação de profissionais, etc. Na América Latina essa autonomia é ainda precária e, às vezes, concedida apenas como um privilégio outorgado pela lei. Atualmente, já refletindo a transformação democrática do meio em que se insere, a Universidade devota-se à produção do conhecimento e não apenas à transmissão de cultura já existente, o que exige maior liberdade de ação estendendo-se a toda a comunidade universitária. Em particular, focaliza a expansão da Universidade do Chile, desdobrada e descentralizada em vários "campus" autônomos, mostrando as suas inovações quanto à formação do magistério secundário, métodos de ensino e política de admissão, dentro de uma unidade de objetivos.
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TEIXEIRA, Anísio. Autonomia para educação na Bahia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.11, n.29, jul./ago. 1947. p.89-104.
Discurso proferido na Assembléia Constituinte
da Bahia, em 1947, em que avalia o Capítulo de Educação
e Cultura do Projeto de Constituição do Estado. Afirma que do
plano de organização de um governo autônomo para a educação, favorecido pela Constituição Federal de 1946 e proposto pela Assembléia do Estado, deveriam participar dois característicos principais: o vigor e flexibilidade de uma fundação privada e o caráter de devoção pública. Endossa a criação de um Conselho deliberativo, destinado a nomear o diretor de instrução e auxiliá-lo em suas tarefas executivas, e indica as vantagens da criação de um fundo permanente para financiar os serviços educacionais, na base de uma determinada quantia por criança recenseada.
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TEIXEIRA, Anísio. Bases da teoria lógica de Dewey. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.23, n.57, jan./mar. 1955. p.3-27.
Mostra como a lógica da experiência de
Dewey é a lógica da fertilidade, da descoberta, que se dirige
para guiar as atividades usuais de pensamento e ação, as atividades de aprendizagem da educação escolar e não escolar, as pesquisas científicas na sua marcha para abranger a política, a moral, a religião. Acredita que para estes campos ela vai fornecer aparelhamento de controle semelhante ao que nos vem dando o domínio físico e que talvez possa dar-nos o controle do mundo social-humano. Para chegar a esta conclusão, examina os pressupostos da filosofia deweyana, os diversos aspectos dessa teoria, o método de raciocínio segundo a mesma teoria, o processo do conhecimento e suas conseqüências práticas, no campo da atividade científica.
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TEIXEIRA, Anísio. Bases para uma
programação de educação primária no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.27, n.65, jan./mar. 1957. p.28-46.
Sustenta que aos economistas compete ajudar os
educadores a organizar e programar o sistema educacional, pois a
educação não é apenas um processo de formação e aperfeiçoamento do homem, mas o processo econômico de desenvolver o capital humano da sociedade. A sociedade moderna, de feição industrial, intensifica a diversificação de funções e ocupações, exigindo uma educação mais variada e prolongada. A pedagogia intelectualista não corresponde a essa finalidade. E a escola brasileira não tem por sua vez, condições para isso, em tal programa, urgindo pois a sua reforma. Analisa a sua situação com os últimos dados estatísticos.
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TEIXEIRA, Anísio. Bases preliminares para o plano de educação referente ao Fundo Nacional de Ensino Primário. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.38, n.88, out./dez. 1962. p.97-107.
Propõe que a ação federal, no
que se refere ao ensino primário, concentre-se no auxílio
financeiro aos Estados. Sugere que a avaliação do custo da educação primária obedeça aos mesmos critérios que regulam os níveis do salário mínimo para as diferentes regiões do país. Apresenta, a seguir, a discriminação orçamentária quanto aos recursos do Fundo do Ensino Primário para 1963.
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TEIXEIRA, Anísio. Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.25, n.61, jan./mar. 1956. p.145-149.
Ofício propondo a criação do
Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais e de centros regionais,
subordinados ao INEP. Reafirma o compromisso de fazer do INEP o principal
instrumento de coordenação e controle da expansão educacional brasileira. Requisita que um decreto presidencial institua os diversos centros e lhes dê organização apropriada, de modo a que possam promover um programa de pesquisas educacionais em todo o País e de assistência pedagógica aos Estados, elaborando e aplicando delicados instrumentos de verificações objetivas, de inquéritos reveladores, e estimulando a troca de informações e esclarecimentos. Acentua que os Centros destinam-se à formação de uma consciência educacional informada no País e a contribuir para que o Governo possa exercer uma liderança estimuladora e criadora no quadro de descentralização administrativa da educação, a ser regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, então em votação no Congresso.
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TEIXEIRA, Anísio. Centro Educacional Carneiro Ribeiro. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.31, n.73, jan./mar. 1959. p.78-84.
Transcrição do discurso pronunciado em
1950 pelo Prof. Anísio Teixeira, quando da inauguração do Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque), na Bahia. Nesse discurso, Anísio Teixeira expõe os objetivos desse Centro, o primeiro a restituir à escola primária os 5 anos de curso e o seu dia letivo completo.
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TEIXEIRA, Anísio. Centro Regional de Pesquisas Educacionais de Recife. Boletim Mensal do CEPE. Rio de Janeiro, v.1, n.1, nov. 1957. p.5-10.
Na inauguração do CRPE de Recife,
analisa a situação de independência científica e semi-autonomia administrativa desses centros regionais, cujas atribuições serão as pesquisas e os estudos de interesse local. Cita os objetivos e métodos de trabalhos dos Centros, afirmando que eles vêm tentar associar o cientista e o educador em um empreendimento conjunto, porém com perfeita distinção de campos de ação, todos trabalhando na obra comum de descobrir o conhecimento e descobrir as possibilidades de sua aplicação.
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TEIXEIRA, Anísio. Ciência e arte de educar. Educação e Ciências Sociais. v.2, n.5, ago. 1957. p.5-22.
Considera que não existe um conhecimento
autônomo de educação, mas é autônoma ela
própria, como autônomas são as artes e, sobretudo, as belas artes, uma delas podendo ser a educação. Assinala que a originalidade dos Centros Regionais de Pesquisas Educacionais, está em sublinhar especialmente essa nova relação entre cientista social e o educador. Os trabalhadores das ciências especiais (psicologia, antropologia, sociologia) buscarão no campo da prática escolar os seus problemas, baseando-se o educador nessas investigações para resolver as questões educacionais.
Obs: Conferência pronunciada no 1º Seminário Interestadual de Professores, São Paulo, jan.1957.
Texto Completo
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TEIXEIRA, Anísio. Ciência e Educação. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n.50, 1957. p.1-3.
Analisa as semelhanças e diferenças
entre o ofício do cientista e o do educador, sustentando a necessidade da adesão de ambos ao método científico e as vantagens de seu trabalho em conjunto em favor do desenvolvimento da reflexão crítica sobre as práticas educacionais. Ressalta que o encontro entre cientistas sociais e educadores permitiria que novos problemas e situações particulares recebessem tratamento científico, bem como a formulação de novas teorias e o conseqüente aprimoramento da pesquisa e da tarefa docente.
Texto Completo
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TEIXEIRA, Anísio. Ciência e humanismo. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.24, n.60, 1955. p.30-44.
- Reflete sobre a suposta in-humanidade da nossa
civilização, chamada "material",
"científica", "técnica", em oposição explícita ou subtendida à "espiritual", "moral", "humana". Considera indispensável a superação dos dualismos entre vida material e vida mental e sobretudo entre meios e fins da atividade humana. Sugere a ampliação do uso do método científico, frisando que o que nos falta, e
por que cumpre agora nos batermos, é um corpo de crenças
científicas, isto é, fundadas na observação e experimentação, como já existe relativamente ao mundo físico, a ser estendido ao mundo social, moral, religioso e político com a mesma validez reconhecida. Propõe que se faça e estude ciência conjuntamente com a ciência do uso humano da ciência - a filosofia - de modo a que nos encaminhemos para a senda de um progresso integrado, harmônico e, então, humanístico, humanizante e humano.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Condições
para a reconstrução educacional brasileira. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro,
v.18, n.49, 1953. p.3-12.
Destaca duas ordens de problemas que precisariam ser
resolvidos para permitir que o País superasse, através da
reconstrução educacional, o seu atraso quase secular na obra
de incorporação definitiva de todos os brasileiros à
sociedade democrática; seriam eles: os problemas
político-financeiros, relativos às medidas e recursos do
governo para financiar e garantir um amplo plano educacional, e os
técnico-pedagógicos, que consistiriam em definir como
organizar a escola brasileira, promovendo o aperfeiçoamento
permanente e progressivo de nosso ensino, o incremento de nossa cultura
especializada, dentro da maior liberdade e flexibilidade legais.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Confronto entre a
educação superior dos EUA e a do Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro,
v.33, n.78, abr./jun. 1960. p.63-74.
Contrasta o sistema escolar norte-americano e o
brasileiro, enfatizando que no nível superior de ensino do primeiro
sobressai para o observador o caráter de originalidade e antecipação da experiência
cultural americana, na qual se sintonizariam o "praticismo" do
espírito americano e o gênio da nova civilização
industrial, científica e técnica. Destaca, entre as
contribuições inusitadas e promissoras do ensino
universitário norte-americano, as seguintes: a
destruição do dualismo de classe social e dos
currículos de ensino; o compromisso do ensino e da pesquisa com os
problemas práticos da comunidade e com a avaliação das
conseqüências da aplicação da ciência a estes
problemas; e o status característico de
seus professores, submetidos à vigilância e ao controle da
opinião da comunidade, através do poder soberano dos conselhos
populares. Sublinha a inexistência desses aspectos modernos nas
universidades latino-americanas, nas quais se reconheceriam mais facilmente
sinais de sobrevivência da universidade medieval.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A crise educacional
brasileira. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.19, n.50, abr./jun. 1953.
p.20-43.
Assinala o equívoco da
aplicação de um sistema educacional aristocrático,
intelectualista, para a preparação comum dos homens que
compõem uma sociedade de massa, como a contemporânea. Ressalta
a necessidade de reajustar a educação aos fins da sociedade
democrática, desenvolvendo a aprendizagem de ordem vocacional ou
prática, exigida pela sociedade moderna. Enumera as
providências necessárias para atingir esse objetivo.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Cultura e tecnologia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.
Rio de Janeiro, v.55, n.121, jan./mar. 1971. p.12-37.
Versão final da conferência aos alunos
do curso de Teoria e Prática de Microfilmagem. Introduz seu ensaio
sobre cultura e tecnologia sublinhando o risco de que as tecnologias limitem
a natureza crítica e transcendental do pensamento humano. Sugere que
a ciência rompa a neutralidade que a tem caracterizado e incorpore
problemas humanísticos, como os da política e da
convivência humana, ampliando a destacada função
crítica do método científico
ao âmbito dos costumes e dos valores. Destaca a
universalização das oportunidades de cultura entre as
conseqüências previsíveis do aperfeiçoamento e
difusão das tecnologias de comunicação da era
eletrônica.
Obs: Este foi o último
trabalho de Anísio Teixeira, cujos originais foram entregues pelo
próprio Autor, dois dias antes de seu desaparecimento, à
Fundação Getúlio Vargas (onde Anísio era
consultor) que o publicou sob a forma de folheto.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Custo mínimo da
educação primária por aluno. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro,
v.35, n.82, abr./jun. 1961. p.3-5.
Julga necessário relacionar o dispositivo
constitucional que manda reservar as percentagens previstas de 10% a 20% das
rendas tributárias da União para as despesas relativas ao
ensino com o outro dispositivo que prescreve a educação
obrigatória de todos os brasileiros em idade escolar,
determinando-se, para isto, o custo mínimo da evolução
primária, nas diferentes zonas do país, a
criação de escolas de nível idêntico, mantidas
por um órgão comum local, recebendo sucessivamente recursos do
Município, do Estado e da União.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. O desafio da
educação para o desenvolvimento. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n.112, 1962. p.1-3.
Afirma que a educação é fator
primordial para o desenvolvimento e não apenas
conseqüência de desenvolvimento. Questiona se as
nações pobres conseguirão dar à
educação prioridade e ainda vencer a resistência
à distribuição de recursos para a
aceleração do processo educativo. Considera a dificuldade que
há na modificação de estrutura educacional (escolas
mais caras em instalações, equipamentos e maior tempo letivo e
sobretudo servidas por um "novo" professor). Defende o
aperfeiçoamento das escolas e a intensificação do
preparo de certos quadros técnicos médios e superiores.
Acredida que a Lei de Diretrizes e Bases, ao considerar a
descentralização e a variedade e flexibilidade para os
currículos, poderá concorrer para esses objetivos.
- TEIXEIRA, Anísio. Dewey e a filosofia da
educação. Boletim Informativo
CAPES. Rio de Janeiro, n.85, dez. 1959. p.1-2.
Ressalta a contribuição de Dewey ao
pensamento moderno, que se traduz na empresa de integrar os estudos
filosóficos de nossa época no campo dos estudos de natureza
científica.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Discurso de posse do
Director Geral de Instrucção Pública. Boletim de Educação Pública. Rio de Janeiro,
v.2, n.1/2, jan./jun. 1932. p.75-76.
Declara que aceitou o convite motivado sobretudo
pelo sentido técnico que o Interventor Federal atribuiu à sua
colaboração, como ainda pela alta compreensão que o
mesmo revelou do problema educacional e das suas exigências. Avalia a
contribuição de dois de seus antecessores na Diretoria de
Instrução, Carneiro Leão e Fernando de Azevedo,
enfatizando a forma através da qual esses leaders da educação brasileira deram início ao
processo de reforma do aparelho pedagógico da Capital, de modo a
atender à intimação que a civilização
moderna faz à escola, respondendo-a com uma nova filosofia e
política de educação. Enfatiza que a sua gestão
dará continuidade à política adotada nas gestões
desses seus antecessores e que obedecerá a um método de
administração acentuadamente técnico, impessoal, de
feição científica e progressiva.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Discurso de posse do
Professor Anísio Teixeira no Instituto Nacional de Estudos
Pedagógicos. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. v.17, n.46, 1952. p.69-79.
Avalia a evolução da
educação brasileira, concentrando-se no período de
reação tradicionalista ao programa de
reconstrução escolar adotado nas reformas da década de
1930. Conclui que, desde então, o País teria entrado em uma
fase de hostilidade a tudo quanto fosse ou parecesse novo e de
condescendência indiscriminada para com os persistentes defeitos
nacionais, tais como o caráter ornamental e livresco do ensino, a
resistência aos métodos ativos do ensino e o espírito da
educação para o exame. Compromete-se a colaborar para que o
INEP torne-se o principal instrumento de coordenação e
controle da educação nacional, de modo que o Governo possa
exercer uma liderança estimuladora e criadora no quadro de
descentralização administrativa da educação, a
ser regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação,
então em votação no Congresso.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Editorial. Educação e Ciências Sociais. Rio de Janeiro,
v.7, n.3, fev. 1960. p.3-13.
Comentários à conferência do
Prof. Joaquim Faria Góis Filho intitulada "Produtividade -
Aspecto Educacional", proferida no Instituto de Ciências da
Universidade do Brasil e editada na coleção "Cadernos de
Ciências Sociais", número 3. Esclarece de que modo as suas
conclusões a respeito dos objetivos da educação
coincidem fundamentalmente com as de Faria Góis, acentuando que, de
acordo com ambos, a educação geral é também, e
cada vez mais, profissional. Sustenta que o preparo do homem novo para a
sociedade nova em que vivemos deveria caracterizar-se pela ênfase na
arte de pensar como descoberta ativa, experimental, voltada para descobrir
as molas da transformação dos conhecimentos e do
aperfeiçoamento das práticas, como para a
harmonização do trabalho individual, extremamente parcelado,
fracionado, dividido, em um todo, ainda assim, inteiriço, perfeito -
orquestrado.
Texto
Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Editorial. Educação e Ciências Sociais. Rio de Janeiro,
v.8, n.15, set. 1960. p.3-8.
Discurso de paraninfo da turma de diplomados da
Faculdade de Filosofia. Assinala as altas responsabilidades da tarefa do
educador e a complexidade da cultura a transmitir contemporaneamente, a qual
estaria comprometida com a revisão da tradição, com uma
espécie de "tradição" de mudar, ao
invés de com a manutenção do status quo. Discute os desafios novos e específicos da
educação e cultura nos nossos dias: transmitir o gosto e o
hábito por uma cultura dominantemente consciente e mutável,
assim como oferecer a chance de integração e
redenção da existência humana, desviando-a da rota que
poderia conduzi-la a estados jamais vistos de passividade, ou sua
contrapartida, de excitação vazia.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Educação -
problema da formação nacional. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.29, n.70,
abr./jun. 1958. p.21-32.
Considera a obrigatoriedade do ensino como a grande
conquista social do século XIX, entre as nações
já desenvolvidas. Analisa os diversos fatores que impedem a marcha
ascensional de uma boa formação educacional por parte das
escolas primárias e secundárias brasileiras. Conclui propondo
uma educação para o desenvolvimento, para o trabalho,
substituindo a educação transplantada e obsoleta,
educação para a ilustração e o lazer. Frisa que
a reconstrução educacional da nação se
terá de fazer com liberdade e respeito pelas suas
condições, devendo-se entregar ao povo brasileiro, "hoje
unificado e enérgico, com o máximo de autonomia local, a obra
de sua própria formação".
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Educação como
experiência democrática para cooperação
internacional. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.45, n.102, abr./jun. 1966.
p.257-272.
Examina a mudança ocorrida na Europa como nas
Américas, sob o impulso de "longa revolução"
democrática e industrial. Reflete sobre as novas tecnologias do
ensino, a ampliação das possibilidades educativas que
representam e as perspectivas que abriram para a cooperação
entre os países.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A educação
comum do homem moderno. Arte e
Educação. Rio de Janeiro, v.1, n.3, mar. 1971. p.13.
Salienta a necessidade de ampliar-se a
educação e orientá-la para o sentido intelectual e
ocupacional, a fim de se tornar evidente a importância da
divisão do trabalho, de tal maneira a dar a cada um a
consciência unitária da ordem e da responsabilidade dentro de
um conjunto harmônico.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A educação e
a constituição de 1946. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.33, n.77,
jan./mar. 1960. p.68-82.
Esboça um sistema de
administração em que se casariam as vantagens da
descentralização e autonomia com a da integração
e unidade dos três poderes - Federal, Estadual e Municipal - em
conformidade do que disporia a própria Constituição
Brasileira para a execução de uma nova política
educacional no país.
- TEIXEIRA, Anísio. Educação e
cultura na Constituição do Estado da Bahia . Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro,
v.65, n.151, set./dez. 1984. p.685-696.
Discurso proferido na Assembléia Constituinte
da Bahia, em 1947, em que avalia o capítulo de Educação
e Cultura do Projeto de Constituição do Estado. Afirma que do
plano de organização de um governo autônomo para a
educação, favorecido pela Constituição Federal
de 1946 e proposto pela Assembléia do Estado, deveriam participar
dois característicos principais: o vigor e flexibilidade de uma
fundação privada e o caráter de devoção
pública. Endossa a criação de um Conselho Deliberativo,
destinado a nomear o diretor de instrução e auxiliá-lo
em suas tarefas executivas e indica as vantagens da criação de
um fundo permanente para financiar os serviços educacionais, na base
de uma determinada quantia por criança recenseada.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Educação e
Desenvolvimento. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.35, n.81, jan./mar. 1961.
p.71-92.
Resume uma pesquisa realizada por economistas
americanos, em que são interpretadas as diferentes estratégias
que vêm conduzindo o processo de industrialização, nos
diferentes países, segundo o tipo de elite que passa a comandar a
grande transformação. Distingue 5 elites: a dinástica,
a da classe média, a dos intelectuais revolucionários, a
colonialista e a dos líderes nacionalistas. Cada elite estabelece a
educação que melhor se ajusta à sua estratégia
para a industrialização. Julga que o nosso desenvolvimento se
acha sob a influência de três grupos: o aristocrático
(elite dinástica), o da classe média e o nacionalista. Desses
grupos, é o da classe média o que mais acredita na
instrução como instrumento fundamental de justiça
social e de mobilidade vertical.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Educação e
nacionalismo. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.34, n.80, out./dez. 1960.
p.205-208.
Mostra que o nacionalismo verdadeiro, muito mais que
um movimento de defesa do país contra inimigos externos, é
"um movimento de consciência da nação contra a
divisão, o parcelamento de seus filhos entre "favorecidos"
e "desfavorecidos" e contra a alienação de sua
cultura e de seus gostos. Só a escola, e uma escola verdadeiramente
de estudo e de conhecimento do Brasil, poderá mostrar-nos o caminho
da emancipação nacional". Tal escola só
poderá ser a escola pública, cujo propósito é o
de nacionalizar o Brasil.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Educação
não é privilégio. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.70, n.166,
1989. p.435-462.
A situação educacional brasileira
é analisada à luz dos conceitos de
"educação seletiva", para a formação
de elites, e de "educação comum", para a
formação do cidadão comum.
A
educação comum é um postulado do novo conceito de
conhecimento científico que tornou comuns as atividades intelectuais
e de trabalho, ou seja, de saber e de fazer.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A educação
que nos convém. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.21, n.54, abr./jun. 1954.
p.16-33.
Define o panorama escolar do mundo do ponto de vista
político, econômico e cívico. Depois de um retrospecto
da questão educacional desde o século XIX, durante cujo
período cresceu o papel do Estado na educação das
massas populares, mostra como as nações mais civilizadas
são as mais escolarizadas. Na civilização industrial
moderna, subiu de importância a educação das massas, que
foram obrigadas a tomar inclusive posição política em
face desse problema. Assim, a escola no início do século,
tinha finalidades políticas e exercia enorme influência em
todos os setores. Em uma terceira fase, a educação teve
também um papel cívico. Faz severa crítica ao sistema
educacional brasileiro, advertindo os responsáveis pelo nosso futuro
quanto ao decréscimo de eficiência de nosso ensino e do
professorado, baseado na improvisação e em ilusórias ou
falsas condições técnicas, e também num erro
fundamental que é a perda da função da escola
primária em benefício da secundária.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Educação,
suas fases e seus problemas. Revista Brasileira de
Estudos Pedagógicos. Brasília, v.56, n.124, out./dez.
1971. p.284-286.
Examina a evolução histórica da
educação no País e no mundo, enfatizando o advento de
uma preocupação crescente com a democratização
do acesso à educação, no século XVIII, a
transferência das atenções, em meados do século
XIX, para os processos de ensino, e, contemporaneamente, para o estudo da
criança e seu desenvolvimento, admitindo-se também entre
aquelas preocupações a cultura em que a escola se acha imersa
e a incorporação da herança histórica, em
proveito do progresso. Destaca as transformações da
educação no Brasil, a expansão quantitativa de escolas
e de matrículas, o que demandaria especial atenção
à formação do professorado, ao lado de projetos
experimentais e ensaios de demonstração, de modo a viabilizar
o sucesso dos planos reformismas.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Educar para o
equilíbrio da sociedade. Revista Brasileira de
Estudos Pedagógicos. Brasília, v.55, n.122, abr./jun.
1971. p.191-196.
Afirma que o sistema educacional de uma
nação é o que há de mais característico
para expressar seu conjunto de valores, padrão de vida, tipo de
civilização e caráter da cultura. Avalia o sistema
educacional inglês e seu processo de democratização de
oportunidades educativas, a partir do século XIX, como o exemplo do
espírito de experimentação contínua que
caracterizaria a sociedade inglesa, pioneira de duas
revoluções: a industrial e a democrática. Sustenta que
a educação não seria apenas setor central do processo
de mudança da vida econômica, política e social, mas
fator principal de equilíbrio político e democrático.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. O ensino brasileiro. Boletim da CBAI. v.7, n.10, 1953. p.1122-1124.
Trecho do discurso de posse no cargo de Diretor do
INEP, em que o autor faz rápido exame do panorama do ensino
brasileiro. Critica a resistência aos métodos ativos na escola
primária; a incapacidade para o ensino prático nas escolas
profissionais; a frustração do ensino secundário e o
real academicismo do ensino superior. Lembra o baldado esforço pela
recuperação da escola, em 30, e sugere o início de um
movimento de verificação e reavalização de
nossos esforços em educação.
Obs: O discurso encontra-se em texto completo nesta biblioteca virtual,
referenciado como artigo de periódico e como discurso, sob o
título "Discurso de posse do Prof. Anísio Teixeira no
Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos".
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. O ensino cabe à
sociedade. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.31, n.74, 1959. p.290-298.
Entrevista do educador sobre a
situação educacional brasileira e seus principais problemas
sugerindo encaminhamentos possíveis para solucioná-los.
Enfatiza a responsabilidade da sociedade sobre a direção da
educação formal e a responsabilidade do Estado
democrático, como autoridade soberana, de manter todas as outras
instituições nas melhores condições de liberdade
possível. Aposta na possibilidade da votação pelo
Legislativo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a qual
teria condições de regular a distribuição de
poderes e recursos, de modo a permitir que a sociedade re-dirigisse o grande
empreendimento comum e público da escola brasileira.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Ensino humanístico e
ensino científico em nosso tempo. Temas.
São Paulo, v.1, n.1, maio 1971. p.5-12.
Analisa a possibilidade do estudo dos valores e fins
da vida humana, relacionando o destino e a qualidade de vida com o
"mal-estar" da civilização, e com a possibilidade de
resolvê-los. Separa as áreas do conhecimento em espiritual e
material, objetivo e subjetivo, religioso e secular. Considera a
educação um reflexo desse conhecimento, tendo que ser
ministrada através do uso da ciencia e do saber.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. O ensino secundário.
Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n.66,
maio 1958. p.1-2.
Refere-se à necessidade da reforma do ensino
secundário, cuja estrutura é a de um "curso
enciclopédico, supostamente propedêutico ao ensino
superior". Preconiza uma cultura geral de natureza utilitária e
prática e de menos conhecimentos teóricos e especializados.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Entrevista ao Correio da
Manhã. Educação e Ciências
Sociais. Rio de Janeiro, v.3, n.8, 1958. p.133-137.
Respostas do então diretor do Instituto
Nacional de Estudos Pedagógicos à enquete promovida pelo
jornal Correio da Manhã. Solicitado a
avaliar o significado dos altos índices de reprovações
nos exames vestibulares, condena este sistema de exame à luz do
conceito de saber como processo ininterrupto de
estudar e aprender, contrapondo-o à idéia de saber já
pronto que deve ser decorado. Afirma a necessidade de
redefinição do ensino secundário, restrigindo-se o
caráter propedêutico à sessão acadêmica, de
medidas que retirem dos diplomas de nível superior o caráter
de licenças profissionais, e de equiparação, em termos
de eficiência, entre o ensino público e privado. Considera a
proximidade dos modernos métodos de ensino universitário aos
da pesquisa científica e as vantagens que poderiam advir da
integração da pesquisa à universidade. Critica o modo
pelo qual os cientistas são vistos entre nós, ou seja, como
credores de amparo e estímulo, sugerindo que passem a ser vistos como
devedores da sociedade.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A escola brasileira e a
estabilidade social. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Brasília, v.28, n.67, jul./set. 1957.
p.3-29.
Aponta duas tendências que regulam a
expansão da educação brasileira nos últimos
decênios: de um lado, a propensão a alargar as oportunidades de
educação seletiva para a classe média e superior, e, de
outro lado, a custeá-la com recursos públicos
subtraídos à educação popular e à
educação de formação para o trabalho produtivo.
Essas duas tendências são definidas como sobrevivências
do sistema educacional anterior a 1930, destinado a um estado de
estagnação, com classes média e superior escassas.
Pensa que é dever dar a educação adequada às
classes populares, a fim de lhes aumentar a produtividade e não a
fomentar a sua ânsia de ascensão. Afirma que o sistema escolar
deve ser um sistema de formação de homem para os diferentes
níveis da vida social, pois a educação deveria cumprir
uma função de estabilidade social e não de
promoção para o progresso individual e de conquista de
diplomas.
Obs: Texto publicado, também, na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos,
v.65, n.150, 1984. p.384-405.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A Escola Parque da Bahia.
Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.
Rio de Janeiro, v.47, n.106, abr./jun. 1967. p.246-253.
Recorda sua vida como educador e administrador
público. Relata que, em 1947, sendo Secretário de
Educação de Estado, conseguiu prioridade para o projeto do
primeiro Centro Educacional Primário - o Centro Educacional Carneiro
Ribeiro, em Salvador. Expõe o plano de funcionamento das
escolas-classe e da escola-parque, comentando os horários, atividades
desenvolvidas e movimentação dos alunos e, ainda, os objetivos
do programa. Lembra que em 1947 ficaram concluídas três das
quatro escolas-classe e, posteriormente, com ajuda do INEP, se construiu o
pavilhão de trabalho da Escola Parque. Só muito lentamente, a
seguir, se construíram os demais prédios que iriam integrar a
Escola Parque da Bahia. Exalta o trabalho em desenvolvimento, acrescentando
que não houve auxílio nem assistência técnica
estrangeira de qualquer espécie. Fala do INEP e da
constituição do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais e
de cinco centros regionais de pesquisas no país.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A escola pública. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n.48,
1956. p.1-3.
Faz considerações sobre o atraso do
movimento de emancipação educacional entre nós,
mostrando que as nações desenvolvidas, desde o século
passado, preocuparam-se com a educação universal e gratuita.
Reporta-se a Horace Mann, o grande batalhador da educação
pública universal nos Estados Unidos. Transcreve trechos do
relatório de Horace Mann apresentado ao Conselho de
Educação de Boston, em 1848, fazendo ressaltar a sua
atualidade para nós, apesar de ter sido escrito há 108 anos.
Prova que a escola pública universal não é doutrina
socialista, assim como a doutrina dos sindicatos, mas antes contribuem -
ambas as doutrinas - para a sobrevivência do capitalismo em grande
parte do mundo.
- TEIXEIRA, Anísio. Escola pública
é o caminho para a integração social. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília,
v.52, n.95, jul/set. 1964. p.210-213.
Estudo comparativo da educação ao
longo da história da humanidade e sua evolução desde a
concepção como um interesse privado até o
reconhecimento do direito individual à educação, no
regime democrático. A sociedade democrática e
científica do nosso século está a exigir - para o seu
próprio funcionamento e perpetuação - uma
educação planejada e intencional, promovida pelo Estado em
interação com as organizações locais. Esta
conexão é que torna a escola "autêntica", isto
é, o meio pelo qual o indivíduo se integra na comunidade.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A escola pública
universal e gratuita. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.26, n.64, out./dez. 1956.
p.3-27.
Assinala a coincidência de temas das mais
recentes conferências de educação, que se dedicaram ao
problema do ensino primário e onde se defendeu a idéia de uma
escola primária eficiente e adequada para todos, uma escola de 6 anos
e dias letivos completos. Mostra a evolução da idéia de
educação universal desde o século XIX e analisa as
causas da ausência de vigor de nossa escola pública.
Expõe um plano de medidas a serem adotadas para fortalecer a escola
primária e dotá-la dos recursos necessários, a fim de
torná-la realmente a base do nosso sistema educacional.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A escola secundária
em transformação. Revista Brasileira de
Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.21, n.53, abr./jun. 1954.
p.3-20.
Sustenta que a escola secundária deveria
deixar de ser preparatória para o ensino superior, para ser uma
escola que ensina a viver, a trabalhar, a produzir. Acentua outro aspecto da
evolução da escola secundária: o fato de que ela
não teria por finalidade formar uma elite intelectual, mas o preparo
de todos os homens para a vida. Chama a atenção para a
necessidade de uma adaptação da escola secundária ao
seu tempo, às necessidades da civilização
contemporânea, predominantemente científica e técnica.
Propõe que a escola linear e rígida deveria ser
substituída por uma escola flexível, que, ao lado da
educação para todos, proporcione o preparo individualizado e
intelectualizado.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Escolas de
educação. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.51, n.114, abr./jun. 1969.
p.239-259.
Afirma que as escolas de educação,
dotadas de laboratório de psicologia aplicada, tecnologia do ensino e
biblioteca especializada, além da preparação do
magistério, formarão especialistas em educação,
supervisores, conselheiros e administradores. Sua estrutura abrangeria os
seguintes departamentos: fundamentos filosóficos e sociais da
educação; história da educação e
educação comparada; psicologia educacional;
construção dos currículos, sílabos, programas e
metodologias; systems analysis para acompanhar toda a
processualística escolar, localizar as variáveis, perceber o
jogo de sua interação e avaliar os resultados.
Obs: Este artigo também foi publicado no livro:
TEIXEIRA, Anísio. Educação e
universidade. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 1998.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. As escolinhas de arte de
Augusto Rodrigues. Arte e Educação.
Rio de Janeiro, v.1, n.1, set. 1970. p.3.
Exalta a instituição corajosa, pelo
artista Augusto Rodrigues, de escolinhas de arte em vários pontos do
país, mostrando que elas, além de serem inovação
pedagógica, são também inovação do
próprio conceito de arte. O seu objetivo não está em
treinar artistas, mas dar às crianças oportunidade para a mais
educativa das atividades, a da criação artística.
Texto
Completo
- TEIXEIRA. Anísio. La escuela brasilenã
y la estabilidad social. La Educación.
v.2, n.8, Oct./Dic. 1957. p.5-14.
Aponta duas tendências que regulam a
expansão da educação brasileira nos últimos
decênios: de um lado, a propensão a alargar as oportunidades de
educação seletiva para a classe média e superior, e, de
outro lado, a custeá-la com recursos públicos
subtraídos à educação popular e à
educação de formação para o trabalho produtivo.
Essas duas tendências são definidas como sobrevivências
do sistema educacional anterior a 1930, destinado a um estado de
estagnação, com classes média e superior escassas.
Pensa que é dever dar a educação adequada às
classes populares, a fim de lhes aumentar a produtividade e não a
fomentar a sua ânsia de ascensão. Afirma que o sistema escolar
deve ser um sistema de formação de homem para os diferentes
níveis da vida social, pois a educação deveria cumprir
uma função de estabilidade social e não de
promoção para o progresso individual e de conquista de
diplomas.
Texto
Completo
- TEIXEIRA, Anísio. O espírito
científico e o mundo atual. Revista Brasileira
de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.23, n.58, 1958.
p.3-25.
Descreve a progressiva libertação dos
poderes mentais humanos e a evolução do espírito
científico, considerando desde o chamado "milagre grego", a
emancipação dos poderes racionais e da faculdade especulativa
da submissão à tradição, passando pela crescente
valorização da ordem da
observação e seus métodos e instrumentos, com
Galileu e seus sucessores, até a avaliação de alguns
dos aspectos que vêm resultando da aplicação da
ciência no mundo atual. Defende a generalização do método científico a todos os aspectos
da vida atual, de modo que a idéia de causalidade, o método de
tudo julgar à luz das conseqüências e o compromisso perene
com auto-correção forneçam as bases para que o homem
não só oriente o progresso material, como faça suas
escolhas no âmbito dos valores e da política.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Estado atual da
educação. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.39, n.89, jan./mar. 1963.
p.8-16.
Analisa retrospectiva e interpretativamente a
educação brasileira a partir da Primeira Guerra Mundial e
examina sua situação atual. Mostra os reflexos das
mudanças sociais sobre o nosso sistema escolar, manifestado na
década de 20 e no início da década de 30 por tentativas
de reformas sensíveis a essas transformações. O
reacionarismo de 37 a 46, apoiado em forças privatistas, viria anular
todo e qualquer esforço tendente a uma real
democratização do ensino e restabelecer um sistema educacional
destinado a assegurar privilégios. Depois da Segunda Guerra Mundial e
com a Constituição de 1946, surgiram iniciativas
governamentais procurando fazer face ao processo de mudança
acelerado. Assinala a ineficiência das medidas empreendidas,
destacando, todavia, o mérito da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, votada em 1961, que, apesar de ser um
"documento contraditório, marcado ainda por evidente
espírito privatista, constitui, a despeito de tudo, a primeira
reforma de base na estrutura legal do país".
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Estudo sobre o projeto de
Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.
Rio de Janeiro, v.18, n.48, out./dez. 1952. p.72-123.
Conferência sobre o projeto de Lei das
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, proferida na
Câmara Federal dos Deputados, a convite da Comissão de
Educação e Cultura da mesma, em julho de 1952. Examina
cuidadosamente o projeto de lei, aplaudindo-o com muitas
restrições. Reconhece as vantagens do projeto em
relação à legislação em vigor de acordo
com a qual a ação do Governo Federal se restringiria, a seu
ver, a uma fiscalização formal, em um regime de
centralização e de rigidez administrativa. Faz
restrições sobretudo aos títulos IV e VII do projeto de
lei, que dispõem sobre os sistemas de ensino (federal e estaduais) e
o grau médio, respectivamente. Sugere que a nova
legislação crie mecanismos que permitam ao Governo exercer uma
liderança estimuladora do ensino, promovam a autonomia estadual e
municipal do governo da educação, garantam as verbas
destinadas constitucionalmente à educação, rompam com o
dualismo entre ensino geral e profissional, evitem a expansão
imprudente do ensino superior e desenvolvam novas formas de
fiscalização da qualidade da educação, tal como
o exame de estado, nos moldes do sistema
inglês.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A expansão do ensino
superior no Brasil. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.36, n.83, jul./set. 1961.
p.3-4.
Considera que o ensino superior vem se expandindo de
forma surpreendente entre nós e que os Estados são os grandes
propugnadores dessa expansão, apresentando os índices
estatísticos correspondentes. Sugere medidas para essa
irrefreabilidade de expansão, pois os Estados que criam universidades
absorvem os recursos federais em prejuízo da educação
primária, prática e técnica da população.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Extensão do ensino
primário brasileiro. Boletim CBAI. Rio de
Janeiro, v.10, n.6, 1956. p.1614-1618.
Mostra o equívoco em que se assenta o sistema
educativo brasileiro - instrumento poderoso na criação de
privilégios - e o acerto das medidas tomadas pelo atual governo
acrescentando mais 2 anos à duração da escola
primária com o objetivo de promover uma educação
fundamental para iniciação ao trabalho. O autor encarece a
necessidade de serem dadas aos novos cursos (profissionais ou
práticos) as mesmas conseqüências pedagógicas que
damos aos cursos ginasiais.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Falando francamente. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.
Rio de Janeiro, v.30, n.72, out./dez. 1958. p.3-16.
Convidado a comparecer a conhecido programa de TV, o
Prof. Anísio Teixeira teve oportunidade de focalizar diversos
aspectos do problema educacional brasileiro, tais como a
inadequação do atual sistema de ensino às
exigências da nossa sociedade, a falsa querela entre escola
pública e escola particular, etc. O presente trabalho deve-se
à gravação do programa, do qual conserva o
caráter de perguntas e respostas.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Falsa elite. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n.60,
nov. 1957. p.1-2.
Estuda a evolução do sistema
educacional brasileiro e chega à evidência de que o nosso
país agrário e pobre desenvolveu a sua educação
no sentido da sobrevivência de suas classes altas. Analisa a escola
primária pública com espírito marcadamente da classe
média, as escolas normais e técnico-profissionais agindo como
válvulas de segurança a impedir a ascenção das
massas populares aos estudos superiores, pois os ginásios, de
natureza propedêutica, e as faculdades eram particulares, destinadas
às classes altas. Assim, o ensino superior gratuito ficou adstrito
aos filhos da elite do país. Adverte, à parte lúcida da
nação, do perigo da inflação burocrática
do país, forjada por uma falsa elite diplomada graças ao
ensino superior gratuito. Considera improfícua, por conseguinte, a
abundância de recursos financeiros para a educação, se
essa continuar a formar elementos improdutivos ou apenas, semiprodutivos.
Texto
Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Filosofia e
educação. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.32, n.75, jul./set. 1959.
p.14-27.
Demonstra como são estritas as
relações entre Filosofia e Educação.
Expõe sumariamente o pensamento de Platão e mostra como, na
República, se estrutura a filosofia que vem governando a vida do
homem e a educação no Ocidente, até quase os nossos
dias. A essa filosofia se acrescentam depois, sob o influxo do cristianismo,
as teorias da criação e do pecado original. Toda essa
tradição se reflete na educação com sua
organização intelectualista e sua prevenção
contra o técnico.
Só recentemente essa
tradição entrou em colapso, com o repúdio ao
cartesianismo e ao kantismo , mas não se pode dizer que os novos
filósofos já estejam influindo decisivamente nas
instituições educativas. Na busca do conhecimento, a
contemplação vê-se substituída pela
experimentação. Conclui mostrando a contribuição
dos "pragmatistas", sobretudo de Dewey, para a
generalização do novo método de conhecimento ao campo
da moral, da organização social e da educação.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Fraude contra a
educação popular. Leitura. Rio de
Janeiro, v.16, n.10, abr. 1958. p.32-33.
Aborda os seguintes problemas: prejuízos
quantitativos e qualitativos da escola; necessidade de um ano letivo
completo e da escola de tempo integral dividido em dois setores: 1- mantendo
o trabalho convencional da classe - leitura, escuta, aritmética e
ciências físicas e sociais. 2- desenvolvendo as atividades
socializantes - educação artística, trabalhos manuais,
artes industriais e educação física;
incoveniência da supressão do recreio etc. Refere-se ainda
à organização dessas escolas e aos recursos
indispensáveis para mantê-las.
- TEIXEIRA, Anísio. Funções da
universidade. Boletim Informativo CAPES. Rio de
Janeiro, n.135, Fev. 1964. p.1-2.
Ressalta que a formação profissional,
alargamento da mente humana pela busca do saber, pesquisa e aumento do
conhecimento e transmissão de uma cultura comum são as
funções atribuídas e assumidas pela Universidade em
qualquer país. Anota, entretanto, que no Brasil este último
aspecto é ainda deficiente.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Gilberto Freyre, mestre e
criador da Sociologia. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.40, n.91, jul./set. 1963.
p.29-36.
Prefácio à obra de Gilberto Freyre, Introdução à Sociologia, no
qual são destacados, entre outros aspectos, sua atuação
como a mais significativa na tomada de consciência do povo brasileiro
da realidade nacional, e como pensador que elevou a Sociologia à
categoria de ciência das ciências. Análise da obra do
ponto de vista didático, de acordo com os três estágios
definidos por Whitehead como os do progresso intelectual, a saber: o do
romance, o da precisão e o da generalização.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Grave problema do livro
didático. Leitura. Rio de Janeiro, v.17,
n.22, abr. 1959. p.24-25.
O educador condena os seguintes fatos: 1- a leitura
didática estar sendo dirigida pelo governo; 2- a exigência de
um livro para cada ano de estudos, passando o livro didático a ser
"uma espécie de jornal, aparecendo por trechos"; 3- a
má apresentação dos livros didáticos e sua
distribuição.
- TEIXEIRA, Anísio. O humanismo técnico.
Boletim CBAI. Rio de Janeiro, v.8, n.2, 1954. p.
1186-1187.
História da evolução do
conceito de educação, referindo-se ao caráter, ora
clássico ora científico, que o presidiu através dos
tempos, e concluindo que a educação é dominantemente
técnico-científica.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Interpretação
do artigo 15 da Lei de Diretrizes e Bases. Documenta. Rio de Janeiro, n.81, fev. 1968. p.3-9.
Examina o artigo 15 da Lei de Diretrizes e Bases que
dispõe sobre reconhecimento das Universidades Estaduais pelo CFE,
considerando que sua redação é imperfeita e obscura e
relaciona-o com os artigos 9 e 14 da lei, revendo a problemática da
competência da União e dos Estados no que tange ao ensino
superior. Mostra que o espírito da descentralização
visa a garantir o mais alto padrão de ensino. Assim, quando há
dualidade de jurisdição federal e estadual, dentro do mesmo
Estado, estabelece-se uma quebra de unidade similar à que existia no
regime centralizado anterior à lei.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A lei de diretrizes. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.
Rio de Janeiro, v.18, n.48, 1952. p.280-283
Considera que a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, então no Congresso, ou o projeto da ABE -
Associação Brasileira de Educação podem
propiciar o "grande debate", que é o debate da
civilização brasileira. Defende a idéia de educar para
organizar o progresso nacional. Afirma que o progresso brasileiro só
se fará com uma mudança de mentalidade a respeito da
própria civilização e do próprio progresso.
Enfatiza que o problema da educação popular para o
esclarecimento do homem comum, da educação média para o
produtor qualificativo e as ocupações de serviço e
direção, da educação superior para as elites
profissionais, técnicas e científicas se impõe como
medida para dar estabilidade e direção às grandes
mudanças em marcha.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional; um inquérito. Comentário. v.3, n.2, abr./jun. 1962. p.125-127.
Partindo do pressuposto de que a
educação é fator essencial do desenvolvimento de uma
nação e não apenas simples conseqüência
dele, aponta as dificuldades que interferem nesse sentido, exigindo
modificação estrutural do processo educativo. Mostra o
concurso da Lei de Diretrizes e Bases na solução do problema,
quer com aperfeiçoamento progressivo das escolas, quer com a
intensificação do preparo técnico de seus mestres de
nível médio e superior.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Lei e
tradição. Boletim Informativo
CAPES. Rio de Janeiro, n.54, maio 1957. p.1-3.
Considera que a educação no Brasil se
faz em obediência a prescrições legais, a que se submete
a organização da escola, os currículos, até, os
métodos de ensino. Não há outra tradição
escolar senão a tradição da lei. Atualmente, essa
tradição é a da legislação do Estado
Novo, encarnada em uma burocracia federal que a mantém e defende, e
uma legislação anti-democrática, arcaizante,
burocrática - personalista, herança do espírito
colonial. É, pois, uma legislação totalitária,
imposição federal de planos unitários, que invadem
até as esferas da iniciativa individual e dos Estados e
Municípios. O ensino é, assim, uma máquina sob o
controle do Estado, cujo funcionamento é uma
circulação, consistente apenas na validação
legal da escolaridade.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A longa
revolução de nosso tempo. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.49, n.109,
jan./mar. 1968. p.11-26.
Ressalta que a grande dificuldade de um país
como o nosso, face ao desenvolvimento, é a de adaptar-se não
só ao conhecimento e à tecnologia de hoje, mas também
ao espírito de nosso tempo, já que apresenta ainda
condições socio-econômicas e culturais de há cem
anos. Impossibilitado de retomar os modelos com que os países
já desenvolvidos resolveram seus problemas quando se encontravam
nesse mesmo estágio, ou de seguir os modelos atuais das
nações já desenvolvidas, vive o Brasil um momento
histórico que desafia nossos intelectuais e educadores.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Mais uma vez convocados. Educação e Ciências Sociais. Rio
de Janeiro, v.4, n.10, abr. 1959. p.5-33.
Manifesto assinado por 162 intelectuais em defesa da
escola democrática e progressiva, no qual, por ocasião da
votação na Câmara dos Deputados do projeto de Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, são
reafirmados os princípios defendidos no Manifesto dos Educadores de
1932 e discutidos os argumentos de um documento que estaria promovendo uma
campanha de acusações contra a escola pública, em nome
da liberdade total de ensino. Esclarece que a respeito das
relações entre o estado e a educação defendem,
desde 1932, a liberdade disciplinada e a
aplicação da doutrina federativa e descentralizadora de modo a
levar a cabo, em toda a República, uma obra metódica e
coordenada de renovação educacional.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. O manifesto dos pioneiros
da educação nova. Revista Brasileira de
Estudos Pedagógicos. Brasília, v.65, n.150, maio/ago.
1984. p.407-425.
Exposição dos princípios e
diretrizes de um grupo de educadores brasileiros para um plano de
reconstrução educacional do País. Destacam-se os
princípios do direito biológico
à educação integral, de laicidade, gratuidade,
obrigatoriedade e da escola comum ou única, como a
afirmação do compromisso com finalidades definidas e um plano
sistemático, coerente, integral e progressivo de reforma da escola
pública.
Texto
Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Meia vitória, mas
vitória. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.37, n.86, abr./jun. 1962.
p.222-223.
Embora não admita estar a Lei de Diretrizes e
Bases à altura das circunstâncias em que se acha o Brasil,
considera-a uma lei federal sui generis, destinada a regular a
ação dos Municípios, dos Estados, da União e da
atividade particular no campo do ensino. Apontando e exaltando a autonomia
que concede aos Estados para legislar sobre os seus sistemas de
educação, adverte sobre o perigo de continuarem estes na
dependência de autorização e concessões do poder
federal, impedindo, assim, a diversificação e
descentralização que, de qualquer modo, se estabelecem na nova
lei.
Texto completo
- TEIXEIRA, Anísio. A mensagem de Rousseau. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.
Rio de Janeiro, v.38, n.88, out./dez. 1962. p.3-5.
Por ocasião do bicentenário do
"Emile", lembra a contribuição extraordinária
de Rousseau à educação para a sua
formação e vida social.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Mestres de amanhã.
Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.
Rio de Janeiro, v.40, n.92, out./dez. 1963. p.10-19.
Examina, em face das condições e das
situações de hoje, o que poderá ser o mestre de
amanhã. Ressalta a crise que atinge os aludidos mestres em face da
civilização industrial, que determina o desenvolvimento da
tecnologia e a extrema complexidade conseqüente da sociedade moderna.
Considera o mestre de amanhã uma espécie de jornalista, um
popularizador das ciências, um pouco de autor de enciclopédias
e livros de referências e, ao mesmo tempo, treinado para ensinar as
disciplinas do pensamento científico, matemático,
experimental, biológico e do pensamento das ciências sociais.
Afirma que o desafio moderno é conseguir que todos os homens adquiram
a disciplina intelectual do pensamento e estudo que no passado conseguimos
dar aos poucos especialistas dotados para essa vida intelectual.
Obs: Conferência proferida em sessão do
Conselho Internacional de Educação para o Ensino, reunido no
Hotel Glória, no Rio de Janeiro, em ago. 1963.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. O mito da cultura geral no
ensino superior. Boletim Informativo CAPES. Rio
de Janeiro, n.41, 1956. p.1-2.
Condena a orientação do ensino
superior brasileiro que é impregnado do espírito de cultura
geral, apesar de pretender preparar especialistas e profissionais. Julga que
devemos cuidar antes do preparo do especialista em cursos
enciclopédicos. Para isso é preciso que a
organização se faça com disciplinas e com cursos
complementares, destinados estes a fornecer a especialização e
profissionalização, que completaria a parte geral das
cadeiras. Assim, tiraríamos o vago caráter que possui a atual
estrutura.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A
municipalização do ensino primário. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro,
v.27, n.66, abr./jun. 1957. p.22-43.
Recorda que a Constituição Federal
estipulou que a educação é um direito de todos,
competindo aos Municípios e Estados provê-la e, à
União, somente em caráter supletivo. Sublinha que o
propósito constitucional seria, deste modo, conferir à
educação o caráter de serviço local, em
obediência à lei federal de diretrizes e bases. Defende que, em
conformidade com esse princípio constitucional, se entregue aos
Municípios a responsabilidade pela educação,
concedendo-lhes para isso os necessários recursos previstos pela
Constituição. Afirma que esta seria a grande
revolução que transformaria o país: a
descentralização educacional, a municipalização
do ensino primário. Tratar-se-ia de uma reforma de sentido não
somente pedagógico ou administrativo mas sobretudo político,
pois reivindicaria a autonomia municipal, que só encontraria
opositores na velha mentalidade autocrata e centralista, herança
nefasta da colonização lusa. Conclui que é no
município, que deve estar a responsabilidade da
formação do brasileiro, por isso é que se deve confiar
a escola ao município, enraizá-la na comunidade, o que a
tornará a sua mais importante instituição.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Notas para a
história da educação. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.37, n.85,
jan./mar. 1962. p.181-188.
Focaliza a influência das universidades na
cultura de um povo e no desenvolvimento de um país. Propõem-se
as universidades não apenas a difundir conhecimentos e formar
profissionais, mas ainda a manter a atmosfera do saber, preparando o homem
para uma experiência viva, consciente e progressiva. Assinala a
situação do meio intelectual no Brasil, onde a crítica
e a análise são armas de combate e de destruição
apenas, conduzindo-nos ao isolamento e autodidatismo. Alertando contra o
perigo destes, deposita confiança na nova instituição -
a Universidade do Distrito Federal - no sentido de preencher as necessidades
do país, socializando sua cultura e os meios de adquiri-la.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Notas sobre a
educação e a unidade nacional. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.18, n.47,
jul./dez. 1952. p.33-49.
Faz considerações para situar a
questão da unidade nacional, que prefere chamar de coesão ou
integração nacional. Afirma que demasiada unidade cultural
é condição de elementarismo e que
diversificação cultural é condição de
progresso. Observa que a escola "ajuda e promove a unidade cultural, na
medida em que retrata a cultura com fidelidade e riqueza, em todo o seu
dinamismo, mas se a retratar só parcialmente, ou se recusar a
perceber-lhes as diversificações e as mudanças,
poderá operar como um fator de desagregação ou de
degeneração".
Esclarece que
"a unidade nacional será promovida pelas escolas, quando nelas
prevalecer o princípio fundamental do Estado moderno, que é o
de que a lei não é competente para decidir em questões
de saber ou de consciência profissional. O que se deve ensinar e como
se deve ensinar são questões a serem resolvidas pela escola
mesma e os que a servem, e não pelo legislador comum. Mesmo sob
pretexto de defesa da unidade nacional, não é lícito
legislar nessa matéria..."
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A nova Lei de Diretrizes e
Bases: um anacronismo educacional. Comentário. Rio de Janeiro, v.1, n.1, jan./mar. 1960.
p.16-20.
Afirma que o aspecto mais característico do
novo substitutivo à Lei de Diretrizes e Bases é o de conceder
categoria pública ao ensino privado. Julga haver um equívoco
no argumento de que a direção do ensino cabe à
família porque esta é o grupo social natural e concreto e que
o Estado é vago e abstrato. O que se passa, hoje, é exatamente
o contrário. Por outro lado, o novo substitutivo vem
"santificar" a tendência do Estado brasileiro a entregar aos
particulares o encargo da educação.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Padrões brasileiros
de educação [escolar] e cultura. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro,
v.22, n.55, jul./set. 1954, p.3-22.
Afirma que, sendo a educação um
fenômeno social, as instituições educativas são
instrumentos da transmissão da cultura, sua
consolidação e sua renovação. Depois da
renovação da escrita, a escola passou a ser uma
instituição de preparação do
"letrado", graças ao cultivo das faculdades intelectuais
pelo ensino de ler, escrever e contar. Esse tipo de escola dominou o
Ocidente até o século XX, em substituição da
"educação de participação" na
sociedade. A idéia de educação popular também
veio crescendo, a princípio graças à
alfabetização geral do povo e só na década de 20
e 30 é que os educadores procuraram uma educação que
harmonizasse o desenvolvimento físico e mental. Analisa a
situação da educação nos três graus e
defende a descentralização da educação e a sua
distribuição nos planos primário, médio e
superior - pelos poderes municipal, estadual e federal, a fim de que possa
ela exercer-se plenamente em benefício da integração do
homem na sociedade.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. O pensamento precursor de
McLuhan. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Brasília, v.54, n.119, jul./set. 1970.
p.242-248.
Resenha sobre os trabalhos do pesquisador,
sociólogo e culturalista McLuhan. Apresenta e analisa a
fórmula "o medium é a mensagem", com a qual McLuhan,
em seu estilo saturado de caráter oral, tal qual nossos dias, procura
condensar numa metáfora significativa a imagem do que deseja
comunicar. Assinalando o predomínio em sua forma de raciocinar e
expressar-se das "mensagens" características do medium tipográfico, o resenhista analisa e
descreve a forma através da qual McLuhan sente e explica o papel das
tecnologias na variação de nossos modos de usar os sentidos e
os novos desafios apresentados por estes processos para a
harmonização de nossa percepção e de nosso ser.
Texto
Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Plano de
construções escolares de Brasília. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro,
v.35, n.81, jan./mar. 1961. p.195-199.
Apresenta o plano de construções
escolares de Brasília para os níveis elementar e médio,
esclarecendo que o plano obedeceu ao propósito de atender às
novas necessidades, funções e obrigações da
educação, impostas pela civilização moderna, e
de tal forma que as escolas projetadas pudessem vir a se constituir em
exemplo e demonstração para o sistema educacional do
País. Contém fotos de maquetes e plantas dos edifícios
projetados pelo arquiteto José de Souza Reis.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Plano e finanças da
educação. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Brasília, v.41, n.93, jan./mar. 1964.
p.6-16.
Palestra proferida no Primeiro Encontro dos
Representantes dos Conselhos Estaduais com o Conselho Federal de
Educação, na qual ressalta em extensão a
importância com que os serviços educativos devem ser
considerados em uma sociedade. Procede a uma análise apreciativa do
Plano Nacional de Educação em face da Lei de Diretrizes e
Bases, tendo em vista a ação articulada da União com os
Estados e Municípios para a efetivação e o êxito
do planejamento e do financiamento da educação. Chama
atenção, especialmente, para o problema do prédio
escolar como condição prioritária aos planos de
extensão escolar em nosso país.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Plano Nacional de
Educação. Boletim Informativo
CAPES. Rio de Janeiro, n.123, fev. 1963. p.1-3.
Apresenta uma síntese do Plano Nacional de
Educação, apontando o critério estimativo do custo da
educação, por aluno, distribuído entre despesas com o
magistério, material didático, administração,
equipamento e manutenção, a partir do qual se
habilitarão os Estados à ajuda financeira da União, no
setor educacional.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Por uma escola
primária organizada e séria para formação
básica do povo brasileiro. Educação e Ciências Sociais. v.3, n.8, 1958.
p.139-141.
Apresenta declarações em forma de
afirmações e negações que mostram o que
propugnava e o que combatia - em resposta ao Memorial dos Bispos do Rio
Grande do Sul, através de documento distribuído à
imprensa, expondo o conflito que se abrira e a defesa contundente da escola
pública.
Texto
Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Porque "Escola
Nova". Boletim da Associação
Bahiana de Educação. Salvador, n.1, 1930. p.2-30.
Examina os motivos sociais e pedagógicos da
renovação escolar. Adverte para a inadequação da
velha escola em relação à concepção
moderna de aprendizagem, enumerando as razões que justificariam a sua
substituição. Examina as novas exigências da
civilização moderna, as tendências gerais que marcariam
a sua evolução - como a generalização do
método crítico, o impacto da indústria e da democracia
- e o papel destacado que cumpririam o interesse do aluno, as
situações reais de experiência e a independência
do mestre e do aluno no processo educativo, de acordo com a moderna
pedagogia.
Obs: Texto incompleto.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Por que especialistas de
educação? Boletim Informativo
CAPES. Rio de Janeiro, n.62, 1958. p.1-2.
Procura justificar a organização do
curso de especialistas de educação nos campos da
administração escolar e da formação do
magistério. Aponta as mudanças havidas nos objetivos das
escolas "hoje práticas, variadas e mais profissionais e de
ciência aplicada que de ciência desinteressada e pura",
mostrando que a organização atual obedece a mesma natureza da
antiga e a sua continuidade com o passado é tão perfeita
quanto a continuidade entre os organismos invertebrados e vertebrados.
Conclui afirmando que as novas especializações se destinam,
apenas, às tarefas educativas da sociedade moderna.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. O problema de
formação do magistério. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.46, n.104,
out./dez. 1966. p.278-287.
Disserta sobre a dualidade do sistema educacional
como conseqüência da dualidade social brasileira dos
últimos 50 anos; sobre a reforma do ensino primário e sua
expansão; sobre a importância de formação do
magistério impulsionando a criação de Faculdades de
Filosofia para enfrentar a diversificação dos sistemas
escolares.
Texto
Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Os processos
democráticos da educação nos diversos graus do ensino e
na vida extra-escolar. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.25, n.62, abr./jun. 1956. p.
3-16.
Estuda o processo democrático da
educação, como doutrina e orientação para todas
as atividades escolares nos diversos níveis. Parte do postulado
fundamental da democracia, o de que todos os homens são
educáveis. Deste postulado decorre uma política educacional,
que consiste em favorecer a educação para todos os membros da
comunidade.
Mostra em que consiste a
educação como processo democrático, e como a escola
pode ser a fonte de vida democrática da sociedade.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A propósito da
"Escola Única". Revista do
Ensino. Salvador, v.1, n.3, 1924.
Discute o projeto de uma "escola
única", considerando as posições de Carneiro
Leão, e as de um dos defensores de sua implantação na
França, Anatole France. Afirma que a idéia de um instrumento
único de educação, ministrando ensino idêntico
para todos, despreza a complexidade da realidade humana e representa o risco
de um desastroso nivelamento da inteligência de um País.
Sustenta que as três formas de ensino - primário,
secundário e superior - não constituem um só
edifício educacional, mas possuem características
próprias e objetivos distintos. Adverte que a identidade de programas
poderia levar a uma primarização do secundário ou a uma
secundarização do primário, igualmente
indesejáveis, pois poderiam, redundar no desfavorecimento da cultura
especulativa ou no desenraizamento da clientela do ensino primário.
Salienta que o projeto de uma escola única só poderia ser
levado a efeito com a monopolização do ensino pelo Estado, o
que feriria a liberdade de ensino, os direitos de educação da
Família e a formação de quadros de intelectuais.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Que é
administração escolar? Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.36, n.84,
1961. p.84-89.
Afirma que a preparação do
administrador escolar se torna mais necessária do que nunca diante
dos altos níveis atingidos aceleradamente, sem estágios
intermediários, pela civilização. Assegura que a
administração permitirá organizar o ensino em
rápido desenvolvimento e criar a consciência profissional
necessária. Hoje, num grande sistema escolar com a complexidade
moderna, a escola terá de depender do administrador e de seus
auxiliares altamente especializados, que elaboram especificamente todo o
conjunto de ensinamentos e de experiências, que antigamente
constituía o saber do próprio professor, então figura
principal da escola, pequena e reduzida. Da célula da classe, onde
está o professor realizando a obra completa da
educação, saem as três grandes especialidades da
administração escolar: o administrador da escola, o supervisor
do ensino e o orientador dos alunos.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Reforma do selvagem humano?
Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n.120,
nov. 1962, p.1-2.
Considera o desenvolvimento tecnológico e
científico como causa das explosões demográfica
(diminuição da mortalidade), democrática (possibilidade
de riqueza material para todos) e de aspirações. Observa haver
uma inversão no que se refere, mesmo, às virtudes para os
grandes e fortes, pequenos e fracos. Esses se tornam arrogantes,
provocadores e àqueles se impõe a humildade.
- TEIXEIRA, Anísio. Reorganização
do Ensino Normal e sua transposição para o plano
universitário: creação. Boletim
de Educação Pública. Rio de Janeiro, v.2, n.1/2,
jan./jun. 1932. p.110-117.
Exposição de motivos para a
reorganização da Escola Normal do Rio de Janeiro. Sugere
medidas de alcance técnico que visam dar unidade e flexibilidade aos
cursos de formação dos professores. Propõe a
criação da Escola de Professores, cuja estrutura interna
apresenta e justifica. Defende a criação de cursos nitidamente
profissionais para o preparo dos mestres, assim como a
elevação destes ao nível universitário.
Texto
Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Reorganização
e não apenas expansão da escola brasileira. Boletim Informativo CAPES. Rio de Janeiro, n.58, set. 1957.
p.1-2.
Analisa o problema real da escola brasileira que
é o da sua reorganização, que deverá atender
às mudanças verificadas na nova fase do desenvolvimento em que
vai entrando o Brasil. Dessa forma, a escola primária não pode
ser nem puramente alfabetizadora nem puramente seletiva ou
preparatória para o secundário. A escola média precisa
constituir-se a continuação da primária, visando, como
esta última, à preparação prática para as
atividades múltiplas do nível médio de trabalho,
inclusive o trabalho intelectual. A superior precisa estruturar-se em um
nível básico de cultura geral ou pré-profissional, e em
um nível especializado francamente profissional e altamente
diversificado.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Resenha do livro "Uma
escola diferente". Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.51, n.113, jan./mar. 1969.
p.145-148.
Comenta a experiência pedagógica
promovida em um bairro pobre de Salvador, entre 1956 e 1961, e documentada
em livro pela professora Terezinha Éboli. Afirma que o traço
marcante dessa experiência seria sua originalidade em
relação a muitas experiências pedagógicas da
escola nova, assim como a amplitude da experiência de
socialização das crianças ali promovida. Elogia o
esforço realizado, nela, no sentido de incentivar as crianças
a viver a experiência da organização social da vida por
intermédio da institucionalização das idéias ou
saberes incorporados.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Revolução e
educação. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Brasília, v.39, n.90, abr./jun. 1963,
p.3-7.
Mostra que o motivo da resistência nacional a
qualquer expansão séria ou em massa da educação
provém dos "sistemas de privilégios" de nossa
estrutura social. Para corrigir esta situação seria
necessário que a integração nacional pudesse efetuar-se
com a vitória sobre o dualismo estrutural de povo e grupos de
privilegiados. Considera que o fator essencial para acelerar o processo de
integração seria a revolução educacional
caracterizada pela democratização simultânea do ensino
elementar, médio e superior, estabelecendo a continuidade de todo o
sistema escolar, sua diversificação pelas diferentes
atividades e ocupações, e a expansão de todos esses
níveis até o máximo de sua capacidade econômica.
Texto
Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Romper com a
simulação e a ineficiência do nosso ensino. Formação. Rio de Janeiro, v.16, n.176,
1953. p.11-16.
Crítica severa aos vícios da escola
brasileira, oriunda de um processo de transplantação de
padrões estrangeiros, que não correspondendo à
realidade nacional, obrigavam a um esforço de adaptação
por uma declaração legal de equivalência ou validade de
seus resultados. Criou-se, assim, a duplicidade do país real e do
país oficial. A escola participa dessa condição de
simulação e convencionalismo.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Sobre o problema de como
financiar a educação do povo brasileiro. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro,
v.20, n.52, 1953. p.27-42.
Focaliza os delineamentos preliminares e mais gerais
do problema, com elementos de análise demográfica,
estatística e comparativa, incluindo os econômicos e sociais.
Critica a delimitação constitucional dos recursos previstos em
porcentagens de receita da União, dos Estados e dos Municípios
e expõe um plano para conseguir a aplicação mais
adequada desses recursos pela instalação de um mecanismo de
financiamento do nosso sistema escolar, transformando-os em fundos de
educação, com administração especial
autônoma exercida no âmbito federal, através do MEC. As
escolas passariam a ser municipais, custeadas pelos recursos dos
municípios com ajuda do Estado e governo federal e mais tarde
expandir-se-ia à escola secundária e superior. Com tal
orientação ter-se-ia, não só a possibilidade de
levar a educação a todas as crianças brasileiras, como
uma unidade orgânica sobremaneira desejável.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Tecnologia e pensamento. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.
Brasília, v.51, n.113, jan./mar. 1969. p.157-159.
Reflete sobre o impacto das tecnologias recentes e
do systems analysis sobre a sociedade,
considerando especialmente as conseqüências, sobre as
possibilidades de pensamento do homem contemporâneo, da
ampliação da escala de dados e variáveis. Destaca que a
marca e um dos principais desafios de nosso tempo seriam o descompasso entre
essa aceleração do progresso tecnológico e o ritmo das
conquistas do pensamento teórico, sobretudo nas áreas social e
da educação.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Um educador: Abílio
Cesar Borges. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.18, n.47, jul./dez. 1952.
p.150-155.
Examina a desproporção entre o Brasil
Imperial, escravocrata e agrário, e a figura de Abílio
César Borges, educador comparável aos grandes educadores que,
em meados do século XIX, tanto na Europa quanto na América,
iniciavam a revolução educacional que viria produzir, depois,
a educação popular universal e o cultivo geral da
ciência. Indaga-se sobre o aparecimento e o destino dessas figuras
excepcionais entre nós. Supõe que a explicação
para o seu surgimento encontre-se na existência, sobretudo até
o advento da República, de dois Brasis: um pequeno e lustroso Brasil,
composto de homens civilizados e falantes, e o outro, grande, popular e
mudo. Acredita que a atuação do educador do Império
não se prolongou em uma tradição por força do
desaparecimento daquele primeiro Brasil, na voragem de um processo de
fusão social e democratização da vida nacional, em que
o rompimento de altos padrões de pensamento, de ação e
de comportamento não teria sido seguido pelo estabelecimento de novos
padrões.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Um grande esforço
de toda a vida. Boletim Informativo CAPES. Rio
de Janeiro, n.96, nov. 1960. p.1-3.
Focaliza o progresso da técnica, que exige
educação aprimorada e preparo especial de mestres e
pesquisadores capazes de acumular e transmitir os conhecimentos de ordem
geral e profissional necessários à integração do
homem na sociedade em que vive. Mostra como pode a escola, desde o
nível primário até o superior, agir nesse sentido.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Um presságio de
progresso. Habitat. São Paulo, v.4, n.2,
1951. p.175-177.
Tece considerações sobre o estilo
arquitetônico dos novos prédios escolares edificados em
São Paulo, sob a direção técnica do arquiteto
Hélio Duarte. Afirma que a arquitetura moderna brasileira representa
uma notável exceção no panorama cultural brasileiro, em
que dominam os vícios de nossa formação e a
maldição histórica de haver o país nascido
velho. Celebra a contribuição do pequeno grupo de arquitetos
que integram o movimento da nova "arquitetura à
brasileira", esperando que os novos prédios possam comunicar
à educação, neles realizada, as finas e altas
qualidades de inteligência, coragem e desprendida confiança no
gênio de seu povo e no progresso do conhecimento humano que presidem a
sua concepção arquitetônica.
Obs: Trabalho publicado em XAVIER, Alberto, (Org.). Arquitetura moderna brasileira: depoimento de uma
geração. São Paulo: Ed. Pini, 1987. p.175-177.
Texto
Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Uma experiência de
educação primária integral no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro,
v.38, n.87, jul./set. 1962. p.21-33.
Analisa que no contexto da sociedade moderna a
escola já não pode ser aquela escola dominantemente de
instrução, de antigamente, mas fazer as vezes de casa, de
família, de classe social e, por fim, de escola propriamente dita,
oferecendo à criança oportunidades completas de vida,
compreendendo atividades de estudo, de trabalho, de vida social e de
recreação e jogos. Com esse objetivo e visando oferecer um
modelo para esse tipo de escola primária, foram projetados na Bahia
os Centros de Educação Primária, de que o Centro
Educacional Carneiro Ribeiro, em Salvador, constitui a primeira
demonstração. Depois de referir-se à Filosofia que
orienta a organização dessa escola, ressalta a
importância dessa experência brasileira, na qual foi baseado o
sistema escolar de Brasília, cujo plano e organização
detalha.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Uma perspectiva da
educação superior no Brasil. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.50, n.111,
jul./set. 1968. p.21-82.
Afirma que a universidade surgiu na Idade
Média como instrumento para unificação da cultura
ocidental. A universidade chegou ao Brasil com atraso de séculos,
à moda ibérica. A norma predominante foi a
criação das escolas profissionais utilitárias -
Medicina, Engenharia e Direito, preocupadas mais com a cultura
européia do que com a vida e as coisas do Brasil. A fim de atingir o
grande objetivo da educação, que é formar a
consciência nacional, a implantação da verdadeira
universidade no Brasil pressupõe a criação de uma
cultura real brasileira, tornando-se a universidade, ao mesmo tempo, uma
empresa para produção do conhecimento, para treinamento
profissional e para pesquisa. Não obstante, vislumbra-se hoje um novo
estado de espírito no ensino superior brasileiro, com os planos de
reforma e reestruturação das universidades.
Obs: Este artigo também foi publicado no livro: TEIXEIRA,
Anísio. Educação e
universidade. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 1998.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. União intelectual
das três Américas. Revista Brasileira
de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.35, n.82, abr./jun.
1961. p.180-183.
Entrevista concedida ao jornal "A Noite" pelo Prof. Anísio Teixeira, membro do
Conselho de Educação Superior das Repúblicas
Americanas, prestando esclarecimentos sobre as reuniões realizadas
entre 9 e 18 de fevereiro de 1961, a origem desse movimento internacional,
as formas de manutenção. Aborda os problemas de
competência e constituição do Conselho, da
organização de Conferências Internacionais e a
designação de membros representativos. Refere-se igualmente
à competência administrativa do "Institute of
International Education", focalizando o interesse do intercâmbio
cultural das três Américas.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Unidade do Brasil. Boletim Informativo CAPES. n.132, nov.1963.
p.1-4.
A propósito do livro sobre o Brasil, de
Charles Wagley, professor da Universidade Americana de Colúmbia,
desvenda o "mistério" da unidade deste país,
atribuindo-a à sua estrutura colonial interna. Acrescenta que,
presentemente, essa unidade será mantida graças aos novos
meios de comunicação e transporte que garantem o
desenvolvimento da ação.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A universidade americana
em sua perspectiva. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógios. Rio de Janeiro, v.36, n.84, out./dez. 1961.
p.48-60.
Tece considerações sobre a
evolução da universidade, focalizando suas
transformações e adaptações às
necessidades da evolução histórica na Europa e na
América. O movimento dos Land-Grant Colleges americanos foi muito
explícito no seu propósito de criar nova universidade capaz de
dar educação liberal e prática ao próprio povo e
não apenas às classes profissionais então servidas pelo
saber clássico e acadêmico. Nos últimos cem anos a
ciência se desenvolveu de tal forma, que já não é
mais "the practical mind" que domina, mas "the specialized
mind". O grande problema do futuro é saber como especializar o
conhecimento e, ainda assim, dar ao especialista preparação
básica nos demais campos.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A universidade de ontem e
de hoje. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.42, n.95, jul./set. 1964.
p.27-47.
Analisa a evolução da universidade
desde sua origem na idade média - cujo objetivo era "o saber
pelo saber" - até os nossos dias em que o saber, a pesquisa e a
tecnologia definem a multiversidade ou seja, segundo Clark Kerr a
transformação sofrida pela universidade. No que se refere
à universidade brasileira faz uma apreciação sobre a
influência francesa e o caráter essencialmente profissional de
sua estrutura, pois "a idéia de universidade moderna organizada
para a pesquisa, integrada no presente e voltada para o futuro apenas
começa agora a medrar".
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. A universidade e a
liberdade humana. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.20, n.51, jul./set. 1953.
p.3-22.
Afirma que o problema da liberdade humana
levantou-se com os gregos ao descobrirem a especulação
intelectual. Só então a vida do homem teve possibilidade de
organização, efetivando-se a sua liberdade. Descobrindo a
razão e formulando o conhecimento racional, os gregos criaram nova
fonte de direção para o comportamento humano, independente do
determinismo geográfico e sociológico. A idéia e a
análise racional vieram atuar no contexto da ação
criando novos modos de comportamento e solução dos problemas
humanos. A liberdade de especulação intelectual e a
incorporação da idéia ao costume e à
ação, mediante instituições sociais que promovem
os objetivos humanos, são os dois aspectos da liberdade. Dessas
instituições ou corporações de liberdade
organizada, sobrevive a Universidade. Cumpre atualmente
transformá-las em definitivo na instituição
básica do progresso humano, estendendo os seus efeitos por todos os
níveis da cultura, e tornando-as centros de manutenção
e de criação de saber, de formas novas de cultura.
Obs: Este artigo também foi publicado no periódico: La Educación. Revista Interamericana de Desarrollo Educativo. Washington, v.30, n.98, 1985. p.156-162.
Texto Completo
- TEIXEIRA, Anísio. Variações
sobre o tema da liberdade humana. Revista Brasileira
de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.29, n.69, jan./mar.
1958. p.3-18.
Analisa que em face do processo da
civilização material, em que se fez, com toda a vantagem, a
aplicação do método científico no campo do
conhecimento físico, há que aspirar pela extensão de
tais recursos a todos os setores da vida humana. Não apenas ao mundo
material, mas em relação à própria conduta do
homem, superando-se a fase pré-científica de simples
condicionamento mecânico e irracional. O resultado será o
privilégio de pensar independentemente e livremente, dominando o medo
da vida social, das transformações que nos acarreta o
progresso econômico e social. E esse privilégio será
adquirido da escola, célula de progresso intelectual e moral, e de
domínio da vida terrena.
Obs: Discurso de
paraninfo pronunciado na Faculdade Nacional de Filosofia em 1957.
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- TEIXEIRA, Anísio. Valores proclamados e
valores reais nas instituições escolares brasileiras. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.
Rio de Janeiro, v.37, n.86, abr./jun. 1962. p.59-79.
Interpreta o sistema educacional brasileiro
através da existência de valores e propósitos reais em
oposição aos valores e propósitos ideais ou
proclamados, o que seria uma conseqüência do que Anísio
Teixeira chama "dualismo da sociedade sul-americana". Faz
rápida análise da política de colonização
portuguesa e espanhola na América Latina, examinando sua
repercussão formal das colônias americanas. Após ligeira
apreciação da evolução dos sistemas educacionais
europeus, examina a evolução brasileira comparando-a com a de
outros países e encontrando no Brasil uma tendência à
conservação de normas e padrões abandonados como
obsoletos e anacrônicos nos países de onde são
importados, à preservação de dois tipos de escolas - um
para a elite, outro para as classes menos favorecidas - e uma progressiva
simplificação da escola primária em detrimento de sua
eficiência. Apresenta sugestões e esboça a
tendência da evolução do sistema educacional brasileira
num sentido mais coerente com a realidade nacional e com uma
civilização moderna e industrial.
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- TEIXEIRA, Anísio. Villa-Lobos nas escolas.
Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.36, n.84, out./dez. 1961.
p.186-187.
Tece considerações sobre a
importância do gênio artístico de Villa-Lobos a
serviço do setor da educação musical nas escolas
públicas do Rio de Janeiro, em 1932, mostrando a importância da
integração da arte na educação popular.
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- TEIXEIRA, Anísio e outros.
Educação para o desenvolvimento e a democracia. Documenta. Rio de Janeiro, n.4, jun. 1962.
p.136-142.
Transcreve os depoimentos dos Conselheiros
Anísio Teixeira, Clóvis Salgado, Deolindo Couto, José
Barreto Filho e Josué Montelo, colhidos pela revista Comentário, do Instituto Brasileiro Judaico de Cultura e
Divulgação, a respeito da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, abordando os seguintes quesitos: 1-
Até que ponto a Lei poderá contribuir para a
eliminação do subdesenvolvimento brasileiro? 2- Esta Lei
levará o Brasil a atingir a chamada meta da educação?
3- Afirmará ela o papel da educação como instrumento
para o fortalecimento da democracia?
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- TEIXEIRA, Anísio e RIBEIRO, Darcy. The
University of Brasília. The Educational
Forum. Wisconsin, v.26, n.3, Part 1, mar. 1962. p. 309-319.
Acentuam que, no sentido de fundamentar os
imperativos da criação da UnB, examinam a
situação do ensino superior no Brasil, desde o estabelecimento
da UnB, mostrando alguns de seus defeitos, entre os quais se salienta o
sistema de cátedra vitalícia. Descrevem a estrutura da UnB que
se baseia na integração de duas modalidades de
órgãos: institutos centrais e faculdades.
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- TEIXEIRA, Anísio, RAMOS, Jairo e CARDOSO,
Fernando Henrique. Universidade de Brasília. Anhembi. São Paulo, v.11, n.128, jul. 1961. p.259-267.
Três pareceres sobre o projeto de
organização da Universidade de Brasília, focalizando as
modificações que a nova instituição
introduzirá no sistema do ensino superior brasileiro.
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