TEIXEIRA, Anísio. Programa do ensino da escola elementar urbana do Estado da Bahia. Salvador: Imprensa Official do Estado da Bahia, 1925. 36p.

Programa do Ensino da
Escola Elementar Urbana

š do Estado da Bahia š

Directoria da Instrucção
Publica da Bahia

1925

Foram esses programmas das escolas primarias elementares organizados pela commissão do Conselho Superior do Ensino composta dos Drs. Alfredo Ferreira de Magalhães, Isaias Alves de Almeida e D. Maria Luiza de Souza Alves, commissão que se reunia sob a presidencia do Inspector Geral do Ensino.

O Conselho Superior do Ensino, em data de 20 de Fevereiro, approvou e adoptou os novos programmas, que o Inspector Geral do Ensino resolve distribuir, desde já, ás escolas publicas elementares.

Bahia, 18 de Março de 1925.

Anisio Spinola Teixeira

Inspector Geral do Ensino

Programma da Escola Elementar

1.º ANNO

LINGUA VERNACULA

O ensino de leitura, base de todo o edificio literario, deve começar por:

Exercicios de leitura de sentenças faceis e curtas, por desenhos traçados no quadro negro, pelos dos mappas muraes, ou do proprio livro de leitura.

Multiplicação e combinação por varios modos, das mesmas palavras em sentenças diversas.

Repetição das sentenças estudadas, com accrescimo de palavras novas.

Syllabação das palavras conhecidas com exercicios no quadro negro, nos mappas muraes ou ainda no livro de leitura.

Estudo methodico das letras começando pelo das vogaes, seguindo-se-lhe o das consoantes monophonas e depois o das polyphonas.

CALLIGRAPHIA

Observação

O exercicio da escripta deve ser ambidextro, concomitantemente feito com o da leitura.

Exercicios feitos no quadro negro.

Primeiro e segundo cadernos da "Calligraphia Americana Inclinada" de Francisco Vianna, observando-se as indicações ministradas pelo mesmo autor, nos referidos cadernos.

ARITHMETICA

Observação

Serão evitadas as definições e as regras, realizando-se todo o trabalho com a orientação do professor do modo mais pratico e intuitivo. Ainda a materia do 2.º anno será dada sem definições obrigatorias para o alumno.

1.º Contar até (100), habituando os meninos a reunir objectos, só se usando os numeros abstractos, quando já comprehenderem a organização das dezenas e centenas de objectos. Ler e escrever os numeros, com uso dos zeros intermediarios. Numeração romana até 100.

2.º Realizar operações de sommar, diminuir, e multiplicar sobre numeros de 2 algarismos, indo o multiplicador até 10, e dividir com um algarismo no divisor até 5, sempre em problemas faceis e de applicação á vida domestica.

3.º Conhecimento das taboadas, das 4 operações fundamentaes. Serão ensinadas praticamente, em exercicios repetidos, mas os alumnos devem sabê-las de cór ao terminarem o 1.º anno.

4.º Exercicios de medida nas tres dimensões, sobre objectos usuaes. Noção do quadrado e do cubo, podendo-se usar uma escala de centimetros ou a pollegada ou o palmo do professor ou do alumno. Calcular pequenas distancias á vista.

5.º Idéa de numero par e impar, duplo, triplo, quadruplo, metade, terço, quarto. Taes noções serão ensinadas com exemplos concretos, fazendo a divisão material dos objectos ou sua reunião em grupos maiores ou menores.

GEOMETRIA

Observação

O ensino da geometria deve ser ministrado de um modo intuitivo e pratico. Não existe estudo mais facil quando seja feito com clareza e logica.

O modo concreto por que fôr conduzido o ensino permittirá que o professor exerça, sem muito esforço, o methodo de rediscoberta (rediscovery).

O alumno terá a satisfação de encontrar elle proprio o conhecimento que o professor lhe deveria trazer.

Do conhecimento pratico das figuras seguirá o professor para o estudo abstracto de suas propriedades. As noções abstractas deverão, entretanto, se desprender do estudo concreto das figuras, como conclusões claras e naturaes.

A creança sentirá que tudo se encadeia e ao vêr que lhe é dada uma parte saliente no invertigar, raciocinar e encontrar dos conhecimentos, terá encanto especial nesse estudo.

Não deixará passar ensejo o professor para sublinhar a applicação na vida pratica de todos os conhecimentos ensinados.

Conhecimento pratico dos solidos – cubos, espheras, cylindros, prismas, etc.

Do exame pratico dessas figuras retirar intuitivamente com a creança a noção das figuras geometricas – linha, superficie, volume. Depois, explicando que a Geometria já estuda as figuras em um só plano (geometria plana), já em mais de um plano (Geometria no espaço), chegar ás noções concretas de Geometria plana – perimetro, circumferencia, circulo, angulo, triangulo, indicando propriedade e applicações.

GEOGRAPHIA

Observação

O professor evitará, sobretudo, a repetição mecanica dos accidentes geographicos, dos numeros de superficie e de população, dos nomes de cidades, sem ordem do valor ou de proximidade territorial. Todo o trabalho deve ser feito deante da carta geographica... Os alumnos devem organizar pequenas cartas que serão feitas a vista do mappa. Deve-se habituar o alumno a ter em vista o valor economico das regiões, ficando em segundo plano a notabilidade historica. Grande parte da Geographia deve ser ensinada como lição de coisas, deante dos objectos manufacturados e productos naturaes das differentes partes do mundo. Todos os assumptos devem ser tratados, tendo por centro o Brasil, lembrando-se aos alumnos outras partes do mundo, onde taes productos se encontram, fazendo concurrencia presente ou futura aos brasileiros.

O professor, em palestra mostrará como os povos civilizados resolvem os problemas em favor do augmento da sua riqueza. Criticará o abandono dos nossos productos naturaes, especialmente fructas, que manufacturadas seriam economicamente transportadas. Em cada região de Estado o professor organizará quadros comparativos dos varios productos naturaes, indicando os que se acham inexplorados, podendo ser fonte de riqueza.

Em momento algum taes comparações devem deixar resaltar idéia de inferioridade em criticas de ridiculo. Sempre procurará o professor salientar a nossa superioridade nas riquezas naturaes, explicando pelas condições de tempo e meio, a demora do nosso progresso que vai sendo firme e que se tornará cada vez mais accelerado, com o augmento da população, desenvolvimento da instrucção e saneamento dos campos e cidades. O professor instillará no espirito do joven a convicção de que a energia do brasileiro não é menor que a dos estranjeiros: apenas estes são mais disciplinados, por serem descendentes de raças que soffreram por muitas centenas de annos os effeitos da educação.

Tambem mostrará o professor a superioridade da vida do campo sobre a da cidade, salientando a miseria da pobreza nas capitaes.

1.º Estudo do predio da escola e sua divisão. Pontos cardeaes, tomando por ponto de partida a frente da casa. Rua e disctricto em que se acha a escola.

2.º Ruas que encontram com a escola. Mercado e casas commerciaes mais proximas. Edificios publicos do districto.

3.º Demais edificios da localidade. Vias de communicação: linhas de bondes, elevadores, viaductos. Estradas de ferro que partem ou saem da localidade. Ponto de estrada de ferro mais proximo da localidade.

4.º Indicar no mappa e no globo a povoação onde se acha a escola. Traços geraes da Bahia, do Brasil, da America do Sul, do Continente Americano.

5.º Estado da Bahia. Seus grandes rios, suas principaes producções. Estudo particular da zona em que se acha a escola: zona do cacau, do algodão, do gado, da engorda do gado, da mineração, do fumo, do café, das industrias extractivas, e manufactureiras. Aqui o professor dará instrucções do sentido de realizar algum progresso no ramo da industria, mostrando o que de rotina embaraça o seu desenvolvimento e fará um rapido estudo das demais zonas, indicando-as no mappa. Na capital este ponto será substituido pelo estudo dos arrabaldes, localização das igrejas, cemiterios, fabricas, mercados, trapiches, pontos de desembarque, praias de banho, pontos de regatas, de corridas de cavallos e outros desportos. Não esquecer que este ponto deve ser dado em caracter de lição de coisas.

6.º Denominação dos accidentes geographicos, deante do desenho apropriado ou de carta geographica. Exemplificação de taes accidentes em a natureza, quanto possivel, no logar em que está a escola.

HISTORIA DO BRASIL

Observação

O professor evitará exigir datas, rigorosamente, no primeiro e segundo anno. Só no terceiro se exigirão as mais importantes. Esforçar-se-á por associar ás narrações a apreciação das gravuras dos livros, fazendo destes e dos retratos, pontos de referencia para a apredizagem das datas. No exame seguir-se-á o mesmo methodo.

Dar-se-á ao estudo uma orientação critica, apresentando os quadros da vida social e economica e mostrando a civilização que foi adquirida pelo país. Nas localidades menos civilizadas o professor mostrará que antigamente todos os logares do Brasil eram atrasados, mas que hoje elle possue cidades de grande luxo e cultura.

Onde não houver estrada de ferro, lembrará quanto tempo se gastava antigamente para ir do Rio a São Paulo, fazendo-se hoje a viagem em 10 horas. Ensinará que os nossos antepassados trabalharam para nós e que temos o dever de trabalhar para os porvindouros. Salientará o esforço dos portuguêses povoando e alargando o territorio do Brasil, entregando-o ao governo imperial tão grande quanto o é hoje. O professor mostrará que o futuro do pais será de grande prosperidade e força, dependendo tudo da unidade nacional que devemos manter com todas as nossas energias. No 3.º e 4.º anno, alem do uso do livro o professor escreverá no quadro negro o eschema de cada lição, estabelecendo o nexo entre os varios assumptos, devendo todos os alumnos copiá-lo.

No primeiro e segundo anno os alumnos não usarão livros de Historia: o professor fará o ensino por meio de palestras, dizendo claramente as datas, que não exigirá e que serão lembradas por alguns alumnos.

Mostrará as gravuras do livro, fazendo rapida biographia dos nossos grandes homens, á vista do retrato isolado de cada um.

1.º Pequenas explicações sobre os selvagens. Nenhuma cidade havia no Brasil; só as tabas dos indios no meio das extensas mattas virgens. Armas dos indios, guerras, ferocidade. Alimentação. Cultura da mandioca nalgumas tribus.

2.º Tudo estava assim, quando veio Pedro Alvares Cabral, com os portuguêses. Caramurú. Thomé de Souza e a Fundação da Bahia. Como os padres jesuitas, franciscanos e carmelitas educaram os indios.

3.º O país cresceu. Crearam-se as fazendas, as outras cidades: Rio, Pará, Recife, S. Paulo. Vieram muitos portuguêses e muitos negros africanos. Os indios foram fugindo para o Amazonas, Matto Grosso, Goyaz, porque não queriam trabalhar. Afinal os brasileiros não quiseram mais obedecer a Portugal. Grito do Ypiranga. Dois de Julho. Imperador Pedro I, Imperador Pedro II.

4.º O Brasil teve guerra com o Paraguay. Batalhas de Riachuelo e Tuyuty. Depois da guerra, o telegrapho, as estradas de ferro, o progresso da agricultura, a vinda dos immigrantes, a liberdade dos escravos, proclamação da Republica.

ELEMENTOS DE SCIENCIAS PHYSICAS E

NATURAES, NOÇÕES DE HYGIENE

Observação

As lições destas disciplinas pelas suas dependencias, precisam de obedecer a uma certa ordem de sequencia.

O successo a obter estará na maneira de dosar e transmittir os ensinamentos, sendo preciso adaptá-los ao menino. Nos primeiros tempos terão a fórma de "lições de coisas"; mais tarde será admittido o "livro", porem somente como auxiliar das explicações e meio de recapitular as lições ouvidas do professor, terminantemente proscripto o só cultivo da memoria.

Será preoccupação capital fazer attrahente o ensino das noções scientificas, conduzindo o alumno a observar, a notar os factos, ao mesmo tempo a experimentar as verdades, que lhe vão sendo explicadas, á proporção do seu ensino.

Assim, cada lição deverá constar: – 1.º da observação e da nota dos factos e dos corpos; 2.º – de experiencias e de praticas referentes ao assumpto em estudo, sempre que este as comportar; 3.º – da explicação, clara e simples, das noções scientificas relativas aos factos e corpos observados, e ás experiencias praticadas; 4.º – da enumeração e lembrança de applicações praticas do conhecimento adquirido.

Depois, sobre o assumpto se fará um resumo, se organizarão perguntas, provas (tests) de memória, provas de redacção.

Para o bom desempenho destes objectivos se organizarão, com todos os recursos ao alcance, collecções museus, excursões, visitas a estabelecimentos, etc.

As lições versarão sobre:

Seres vivos e corpos brutos. Constituição de uns e de outros. Os tres estados physicos dos corpos, suas principaes caracteristicas: mudanças de estado. Peso dos corpos.

__________

Ar athmospherico, suas propriedades; gazes, poeiras e microbios do ar. As correntes de ar.

__________

Influencia do ar na vida dos seres, em virtude da sua composição, papel dos gazes que nelle se encontram, influencia do ar puro e do ar impuro na saúde do homem.

__________

O peso do ar, a pressão que elle exerce sobre os corpos, influencia desta pressão, apparelhos para sua medida.

__________

As forças, a força de gravidade, seus effeitos, sua direcção; o peso dos corpos e sua variabilidade; recursos para avaliação das forças e dos pesos.

__________

A agua, estados physicos que pode apresentar, caracteres que lhes são proprios; composição da agua chimicamente pura; circulação e mutações do estado da agua em a natureza; agua hygienicamente pura; acção dissolvente da agua; origens da agua.

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Agua de beber, suas qualidades, influencia na vida do homem, dos animaes; papel da agua na alimentação das plantas, emprego nas industrias. Aguas impuras; purificação da agua para bebida.

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Os liquidos; seu equilibrio em condições differentes; pressões que elles exercem e que elles experimentam: suas consequencias e utilizações.

__________

A agua em estado solido em a natureza, influencia da agua sobre a crosta terrestre.

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O vapor d'agua existente no ar, as nuvens as chuvas: vapor d'agua obtido artificialmente, sua utilização.

__________

O calor, suas fontes, acção do calor sobre os corpos; effeitos da dilatação do ar; meios de medir as differenças de calor; applicações diversas da acção do calor sobre os corpos.

DESENHO E TRABALHOS MANUAES

Observação

O ensino de desenho, como o de trabalhos manuaes, é essencialmente educativo.

Deve procurar desenvolver na creança o sentido da sua personalidade, pondo-a em condições de transformar o seu pensamento em acção, de passar de idéias e pensamentos intimos para a representação material dessas idéias e sentimentos.

O esforço natural do alumno deve ser estimulado de sorte que lhe dê o gôsto e o prazer da difficuldade a vencer.

Nada deve ser convencional ou copiado.

O professor será apenas o guia da actividade dos alumnos, convidando-os á observação da realidade, sobretudo das suas proporções.

Para facilidade do ensino, o desenho e os trabalhos manuaes gravitarão em torno dos seguintes "centros de interesse".

1.º – A casa: occupações, deveres, prazeres da familia.

2.º– A vida em sociedade: meios de transporte, occupações dos habitantes, diversões.

3.º – A vida escolar.

4.º – As ferias.

5.º – A natureza.

O professor conversará e trocará idéias com os alumnos sobre qualquer desses assumptos, de sorte que faça surgir de um dos "centros de interesse" o objecto a desenhar ou fazer.

Fixado o objecto, a creança debaterá ainda sobre as suas condições materiaes, proporções, etc. e uma vez determinado um plano positivo, em mente, por-se-á em obra para a execução.

O professor que sentir facilidade, deve fazer o desenho e os trabalhos manuaes penetrarem as outras disciplinas do curso, que assim ganharão em elasticidade, fugindo das estereis formulas convencionaes.

DESENHO

Desenho a mão livre, de memoria e de imaginação.

Plantas e paysagens.

Recórte da silhueta das arvores.

Estudo graphico das silhuetas.

Coloração a lapis.

TRABALHOS MANUAES

    1. observações communs com desenho.

Os trabalhos manuaes na escola primaria são exclusivamente um instrumento de cultura geral, sem vestigios de aprendizado profissional.

Funda-se no principio froebeliano da educação pela acção.

Os trabalhos de agulha, que sempre se fizeram em nossas escolas, são verdadeiros trabalhos manuaes.

Deve, porém, permitir-se a plena invenção, prohibindo-se terminantemente as copias servis.

Tecidos e trançados.

Alinhavos em cartão.

Recórte de figuras e symetricas.

Modelagem de objectos de uso commum.

Trabalhos de agulha.

Jardinagem, com pomicultura e horticultura na zona rural.

As escolas que não obtiverem terreno para jardim, farão o cultivo de plantas em vasos.

PRENDAS

Tapeçaria com ponto de marca.

Bainhas simples e aberta.

Primeiros pontos de crochet de lã e de linha com applicações praticas em objectos uteis.

EDUCAÇÃO MORAL E CIVICA

Observação

A educação civica não deve tomar a fórma de lições independentes. Todo o assumpto do programma deve ser ensinado com opportunidade, no correr das lições de leitura, de geographia, de Historia do Brasil, etc.

1.º e 2.º ANNO

Noção da Patria baseada na Familia. Mostrar ás creanças o sacrificio ou o esforço que fazem os paes para creá-las. Obediencia e respeito devidos aos paes e aos mais velhos. Salientar que o esforço dos paes não teria completo resultado se não houvesse a Escola; que a vida e a propriedade do cidadão não teriam segurança se não existisse a Patria pelos seus orgams de governo e administração.

Até os selvagens obedecem a certos chefes e trabalham em commum, quer na construcção das tabas, quer nas guerras, em que elles se defendem ou vingam alguma offensa.

Em palestras muito accessiveis o professor procurará firmar no espirito da creança as idéias de disciplina, ordem, auctoridade de governo e direito de cada cidadão.

Em correlação com as lições de Historia do Brasil, explicará os feriados de 3 de Maio, 7 de Setembro e 15 de Novembro.

CANTO E MUSICA

Conhecimento, pelo traçado no quadro negro, das figuras musicaes positivas e negativas com os respectivos valores.

Notas.

Claves.

Pauta ou pentagramma.

Estudo dos compassos simples.

Exercicios de solfejo.

Canto coral de hymnos escolares, patrioticos e recreativos.

EDUCAÇÃO PHYSICA

1.a TURMA

Meninos de 7 a 9 annos (meninos e meninas)

Observação

O professor se incumbirá de convencer os alumnos da utilidade dos exercicios physicos, em vista da grande má vontade das familias e das creanças pelos movimentos methodicos de gymnastica. Salientará quanto vale saber saltar bem em occasião de incendios; a utilidade da natação; é facil vencer grandes distancias quando se tem educação da marcha. Em connexão com as lições de hygiene mostrará o valor da respiração bem feita não só na marcha como no falar, além do effeito na economia do corpo. Indicará a influencia dos exercicios methodicos no combate ao rachitismo, no crescimento, no equilibrio das funcções organicas e portanto, no equilibrio moral. Fará ver que não são os grandes esforços, mas os pequenos esforços repetidos e gradualmente crescentes, que fazem a energia e a resistencia.

O professor não perderá occasião de aconselhar aos alumnos as mais correctas posições do corpo, devendo elle tambem exercitar-se, afim de poder influir no animo das creanças. Os exercicios serão quanto possivel acompanhados de cantos, quer nas marchas, quer nos movimentos gymnasticos, quer nos jogos. Haverá cuidado em não se obrigarem a exercicios mais fortes os alumnos já enfraquecidos e que mais se esgotariam com os esforços. Dar-se-á aos meninos interesse por conhecer o seu peso, sua altura, sua capacidade respiratoria. Esta se conseguirá, grosso modo, sem espirometro, fazendo encher de um folego balões de borracha que ás creanças tanto agradam.

1.º Começo de exercicio: alinhamento, marcha, linha, formar em columna de 1, 2, 3 e 4, marcha em serpentina, em caracol, em circulos interiores e exteriores. Formar para gymnastica em dois, em quatro. Marcar passo, meia volta acertar passo.

2.º Jogos e movimentos de imitação: estrada de ferro, o gigante e o anão, a garça que dorme, a pendula, o escoaçar das aves, o polichinello, a cambalhota, o bombeiro, o tocador de sino, o varredor, o marceneiro, o nadador, o cyclista ou outros do conhecimento do professor (á escolha de 1 a 3 em cada sessão).

3.º Flexionamento e distensão dos braços e das pernas e tronco. Respiração por ambas e por uma narina.

4.º Pequenos jogos: o gato e o rato, onde está o grillo, o lobo e o cordeiro, peste humana, os prisioneiros, cabra céga, quatro cantinhos, peteca, saltos á corda e outros do conhecimento do professor. (1 a 2 em cada sessão).

5.º Volta á calma. Beber sopa quente, apagar a vela, canto de gallo, a roda de fogo, o foguete, cheirar ao longe e outros a escolha do 1 a 3.

6.º Evoluções em serpentina, em caracol como no começo, acompanhados de canto.

7.º Duas vezes por semana será feita a educação sensorial:

Visita: O detective, a inspecção, a silhueta, o observador, etc.

Ouvido: o sentinella á noite, o cego, manobra com apito, o correio.

Tacto: conhecer moedas, folhas, pedaços de panno, objectos usuaes.

Olfacto: Reconhecer a natureza do conteudo dos envolucros pela olfacção sem tocá-los.

2.a TURMA

Meninos e meninas de 9 a 15 annos

1.º Alinhamento e evoluções do 1.º ponto da 1.a turma.

2.º Jogos e movimentos do Ponto 2.º da 1.a turma.

3.º Flexão e distensão dos braços das pernas, do tronco; movimentos dissymetricos, reforçamento da caixa thoraxica, respiração por ambas e por uma só narina, com circunducção das espaduas, com elevação dos braços dobrados e estendidos. Exercicios de 2.º ponto da 1.a turma (ponto 2 e 3).

4.º Marcha nas pontas dos pés, erguendo e abaixando o corpo, movimentos de caranguejos para direita, para trás e para esquerda. Exercicios de escalada. Salto. Carreira.

5.º Marcha com exercicios respiratorios. Evoluções com canto.

6.º Educação sensorial. Desenvolvimento dos exercicios do programma da 1.a turma.

7.º Grandes jogos: barra, cabo de guerra, basket ball e outros jogos de movimento e energia.*

2.º ANNO

LINGUA VERNACULA

    1. programma do 1.º anno.

Leitura de historietas que interessem o alumno.

Explicação das gravuras do livro de leitura.

Exercicios sobre os principaes signaes de pontuação.

Narração feita pela criança dos trechos lidos.

Narração feita pela creança dos trechos lidos.

Exercicios sobre os accentos graphicos e notações.

Exercicios sobre os grupos vocalicos e consonantaes.

Dictados de phrases tiradas do livro de leitura.

Principios de analyse lexica.

Exercicio de memoria com a recitação de trechos curtos e faceis em prosa ou verso extrahidos do livro de leitura.

CALIGRAPHIA

    1. programma do anno anterior.

Terceiro e quarto cadernos da mesma "Calligraphia" do citado autor segundo o processo adoptado no primeiro anno.

ARITHMETICA

    1. observação e programma do 1.º anno.

1.º Contar, ler, escrever até dez mil, usando-se os zeros intermediarios. Formação das dezenas, centenas e milhares por accumulação de objectos. Numeração romana até 1000. Signaes arithmeticos.

2.º Sommar e diminuir numeros até 4 algarismos; multiplicar com multiplicador de 2 algarismos e por 100 e dividir com divisor de 1 algarismo e por 10. Exercicios mentaes muito repetidos, envolvendo as quatro operações. Inversão dos factores de modo que o multiplicador seja muito maior que o multiplicando. Multiplicação e divisão abreviadas. Igualdade entre sommas, diminuições, multiplicações e divisões.

3.º Fracções ordinarias-proprias, numero mixto, unidade em fórma de fracção. Sommar e diminuir fracções ordinarias do mesmo denominador, que dêm por somma ou tenham por minuendo o inteiro em fórma de fracção. Divisibilidade por 2, 5 e 10. Igualdade entre fracções com termos differentes: 1/2, 2/4, 4/8, 3/6, 5/10 ou outras.

4.º Fracções decimaes até centesimos. Mostrar graphicamente a igualdade entre 1/4 e 0,25; 1/2 e 0,5; 3/4 e 0,75; 1/3 e 0,2. Sommar e diminuir fracções e numeros decimaes.

5.º Systema metrico decimal. Metro, gramma; multiplos e submultiplos do gramma e do metro. Uso de cada medida em actos realizados pelos alumnos, quanto possivel. Problemas envolvendo medidas e preços de mercadorias.

GEOMETRIA

    1. observação do 1.º anno.)

Conhecimento pratico das figuras anteriores, do cone e da pyramide.

Analogias com objectos usuaes.

Representação graphica.

Estudo geral dos polygonos.

Avaliação das areas do quadrado e do rectangulo.

Avaliação do volume do cubo.

GEOGRAPHIA

    1. observação do 1.º anno.

1.º Recapitulação, com desenvolvimento, do programma do 1.º anno.

2.º Estado da Bahia. Explicação, deante da carta dos meridianos, dos parallelos e dos pontos cardeaes na carta da Bahia. Pontos collateraes. O professor conseguirá que os alumnos designem a orientação dos logares, relativamente ao centro do Estado e relativamente á capital.

3.º Brasil. Perante a carta do Brasil os alumnos mostrarão o equador, o tropico de capricornio. Designação das duas zonas. Os varios Estados do Brasil, conforme os pontos cardeaes e collateraes, estabelecendo-se os contrastes de clima e de temperatura dos mesmos. Capitaes dos Estados.

4.º Paises e Capitaes da America. Comparação da superficie dos paises da America, deante do mappa, com a do Brasil.

Paises da America do Sul e seus limites com o Brasil, salientando-se os que não se limitam.

5.º Mappa Mundi. Linhas e circulos da esphera. Redondeza da terra. Os oceanos e os continentes e seus limites. Hemispherios oriental e occidental, septentrional e meridional.

HISTORIA DO BRASIL

    1. observação do 1.º anno.

1.º Desenvolvimento do 1.º anno.

2.º Viagem de Pedro Alvares Cabral e Chistovam Colombo, deante do Mappa Mundi ou do Globo. Comparação, deante de gravuras, dos navios de hoje com os do descobrimento da America e do Brasil. Tempo gasto nas viagens daquelle tempo e nas de hoje.

Mostrar que não havia as machinas de vapor, mas já havia as armas de fogo, que pouco antes foram descobertas. Tambem mostrar que a imprensa fôra inventada naquella epoca.

3.º Carta de Pero Vaz Caminha, viagens ao Brasil, por ordem do governo português. Caramurú e Ramalho Martin Affonso e S. Vicente, Francisco Pereira Coutinho e a Capitania da Bahia. Estudo das demais capitanias, perante o Mappa Mundi.

4.º Primeiro Governador. Fundação da Bahia.

5.º Recapitulação do 3.º ponto do 1.º anno.

6.º Recapitulação do 4.º ponto do 1.º anno.

ELEMENTOS DE SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES,

NOÇÕES DE HYGIENE

    1. observação do 1.º anno.

A combustão como fonte de calor e de luz; acção do ar sobre a combustão, e d'

esta sobre aquelle, processos de illuminação por empregos das combustões.

Carvões: naturaes e artificiaes. O diamante e o brilhante, o graphito, seu valor industrial e pratico. Hulha e turfa. Extracção da hulha; as minas e suas galerias, os minerios; trabalho e perigos da vida dos mineiros. Iluminação no interior das minas. Distillação da hulha: o coke, o gaz de illuminação, o alcatrão. Pós de sapatos, carvão de madeiras, carvão animal.

__________

A combustão do carvão e productos gazosos della resultantes: caracteres destes productos. O anhydrido carbonico, e o oxydo de carbono: circulação do carbono em a natureza.

__________

Combustiveis diversos, além do carvão: o enxofre, o phosphoro, o petroleo, a polvora, o alcool, os oleos, os cêbos, as cêras; seus usos na vida pratica.

__________

Os metaes em geral, suas propriedades mais importantes; os minerios e a metallurgia: metaes usuaes e metaes preciosos; as ligas metallicas e seus usos mais communs.

__________

Os acidos, as bases, os saes: acidos fortes e acidos fracos. Saes uteis á nutrição do homem, dos animaes e dos vegetaes; saes empregados para fins industriaes e agricolas.

__________

Os compostos organicos em geral. Os assucares, os corpos graxos, o amido, a cellulose, a albumina, a caseina. O leite, a manteiga, o queijo. Origens destes productos, suas utilidades á vida organica e social do homem.

__________

Phenomenos electricos. A eletricidade produzida por attrito; corpos conductores e isoladores. Electricidade nas nuvens: o raio, os relampagos, o trovão. Pára-raios. A electricidade por acção chímica; correntes electricas, seus effeitos.

__________

Imans e suas propriedades: electro-imans: o iman terrestre; a bussola e seus usos. Campainhas electricas; telephonio e telegrapho com fios, sua utilidade na vida pratica.

__________

A luz, como se propaga; reflexão dos raios luminosos, os espelhos; refracção dos raios luminosos, as lentes; os oculos e outras applicações destes phenomenos.

__________

O som, como se produz e como se propaga; a reflexão e a refracção das ondas sonoras; a resonancia, o éco; o ruido e a voz, o phonographo.

__________

A crosta da Terra, seu estado actual. Outras partes do corpo da Terra. Modificações constantes na crosta terrestre e suas causas determinantes. Acção das aguas; grutas, cavernas, abysmos; barras, deltas, estuarios. Tremores de terra, volcães vivos e mortos. Fontes de agua quente e de vapores.

__________

Os materiaes que constituem a crosta da Terra, como se formaram; diversas especies de rochas, suas qualidades differenciaes, suas applicações mais usuaes; terra vegetal, adubos.

__________

O corpo humano e seu esqueleto; os ossos, sua constituição, sua quantidade, suas variedades: a ossificação. As juntas dos ossos; ossos que se fracturam, ossos que se deslocam.

__________

Os movimentos do corpo humano e seus agentes directos (musculos e tendões). Os exercicios physicos e seus effeitos salutares. A pelle, a gordura e o suor. Hygiene da pelle; banhos, suas variedades, effeitos diversos que produzem.

__________

Alimentação do homem: comidas e bebidas alimenticias. Variedades de alimentos e para que servem no organismo. Bebidas naturaes e bebidas condemnaveis.

__________

A digestão dos alimentos: orgams que compõem o tubo digestivo do homem, e orgams que lhe são annexos; funcções de uns e de outros. Absorpção, e vias de sua realização. Hygiene da digestão.

DESENHO

    1. observação do 1.º anno.

Animaes – Recórte no papel.

O animal d'après nature.

O animal na paysagem.

Desenho de fórmas geometricas e dos objectos derivados dessas fórmas.

TRABALHO MANUAES

V. observação do 1.º anno.

Construcção em cartão de objectos suggeridos pelos centros de interesse.

Modelagem de fórmas geographicas.

Jardinagem.

Trabalhos de agulha.

PRENDAS

Rede de piassava (filet guipure)

Ponto de rede com applicações proveitosas (filet).

Varios pontos de meia (tricot).

Bordados de linha branca ou de matiz.

Bordados de fantasia sobre debuxos imaginados pelas alumnas.

Serzidos, remendos em meias ou panno.

Concerto de peças do vestuario.

Pregamento de botões, colchetes, pressões, etc.

CANTO E MUSICA

Conhecimento, pelo traçado no quadro negro, das figuras musicaes positivas e negativas com os respectivos valores.

Notas.

Claves.

Pauta ou pentagramma.

Estudo dos compassos simples.

Exercicios de solfejo.

Canto coral de hymnos escolares, patrioticos e recreativos.

3.º ANNO

LINGUA VERNACULA

    1. programmas dos annos anteriores.

Leitura corrente e expressiva.

Dictados de trechos ao alcance dos alumnos.

Exercicios sobre as palavras flexivas e inflexivas.

Estudo da flexão nominal e verbal.

Conjugação dos verbos auxiliares.

Conjugação dos verbos regulares e irregulares.

Exercicios variados e multiplos sobre a analyse lexica.

Estudo completo dos signaes de pontuação.

Analyse syntactica.

Exercicios de redacção.

Descripção de plantas e animaes conhecidos, de objetos usuaes, resumo das lições de cousas, cartas familiares, fabulas, historietas, etc.

Exercicios de memoria com a recitação em prosa e verso de trechos selectos de escriptores.

CALIGRAPHIA

    1. programmas dos annos anteriores.

Quinto e sexto cadernos idem, idem.

ARITHMETICA

    1. observações dos annos anteriores.

1.º Escrever numeros até dezenas de milhões. Conhecimento das classes e ordens; valor absoluto e relativo do algarismo arabico. Numeração romana até milhões. Grandeza e quantidade. Quantidades homogeneas e heterogeneas. Unidade. Repetir numeros seguidos na ordem decrescente. Numeros pares e impares.

2.º Operações fundamentaes sobre numeros até o algarismos, tendo o multiplicador 4 e divisor 3 algarismos. Complemento do quociente. Multiplicação e divisão abreviadas.

3.º Numeros multiplos e primos. Divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, e 10. Far-se-á o estudo praticamente sem definições nem theoremas, dando-se grande numero de exemplos até que o alumno conheça facilmente o caso de divisibilidade. Factores primos. Minimo multiplo commum, maximo divisor commum.

4.º Estudo das fracções ordinarias, proprias e improprias. Reducção ao mesmo denominador. Simplificação de fracções. Operações sobre fracções de fracções. Reducção de fracções ordinarias a decimaes. Fracções decimaes, operações sobre fracções e numeros decimaes. Mostrar a igualdade entre 1/2, 0,5 e 50%; 1/4, 0,25 e 25%; 3/4, 0,75 e 75%; 1/5, 0,2 e 20%, em exemplos concretos e de uso frequente na vida commum.

5.º Systema metrico decimal. Multiplos e submultiplos até myria e milli. Operações sobre systema metrico. Far-se-ão problemas com dados colhidos pelos proprios alumnos, com medidas de extensão, capacidade, peso, etc. Multiplos e submultiplos de metro quadrado e de metro cubico. Noção pratica com modelos feitos em cartolina.

GEOMETRIA

    1. observações dos annos anteriores.

Area do triangulo e dos quadrilateros em geral.

Superficie dos solidos estudados.

Noções de agrimensura.

GEOGRAPHIA

1.º Recapitulação cuidadosa do programma do 1.º e 2.º anno.

2.º Movimento de rotação da terra. Antipodas. Meio dia no Rio de Janeiro e meia noite em Tokio. Movimento de translação: verão, outono, inverno e primavera. Mostrar que não temos na Bahia estações definidas; indicá-las no Rio Grande do Sul e Santa Catharina. A neve, o gelo, os calores ardentes do deserto que não temos.

3.º As tres grandes bacias fluviaes, seus rios navegaveis. Montanhas que limitam as tres bacias, formando as vertentes. Pontos culminantes do Brasil. Planaltos. Clima dos planaltos, comparado com o das costas.

4.º Cabos, ilhas, bahias e portos do Brasil. Comparação dos portos, quanto ao seu movimento de importação e exportação.

5.º Principaes productos de exportação do Brasil. O professor fará a apreciação do desenvolvimento que vai tendo o uso da farinha de mandioca na Europa e salientará a facilidade de sua cultura em todas as regiões do Estado da Bahia. O professor commentará o máu habito dos nossos lavradores, que abandonam uma cultura logo que ella desce de preço, produzindo um estrangulamento periodico da vida economica.

HISTORIA DO BRASIL

1.º Recapitulaçào dos pontos 1.º, 2.º e 3.º do programma do 2.º anno.

2.º Os tres primeiros governadores geraes. Fundação da Bahia. Invasão de Willegaignon. Fundação da cidade do Rio. O professor mostrará o grande esforço dos portuguêses, abrindo os primeiros nucleos de civilização no meio da hostilidade dos indios, das molestias e do calor, que não tinham na Europa. Na invasão francêsa estudará a alliança que faziam os indios com as duas nações. Salientará o trabalho dos padres jesuitas, carmelitas e franciscanos na catechese dos indios.

3.º Passagem do Brasil para o dominio espanhol. Rapido estudo do Brasil daquelle tempo. As povoações da Bahia, Rio, São Paulo, Olinda. Não havia gente civilizada no centro do país. Piratas e corsarios. Invasão do Maranhão pelos francêses. Influencia desta invasão na occupação do Norte do Brasil por brasileiros, portuguêses e espanhóes.

4.º Invasão hollandêsa na Bahia e em Pernambuco. Effeitos destas invasões: o brasileiro, sentindo o amor do seu país; o negro, o branco e indio unindo-se contra o hollandês. Influencia da guerra no desbravamento das mattas do interior: as estradas feitas pela guerra serviram depois para o commercio. Restauração de Portugal. Expulsão dos hollandêses.

5.º Civilização do interior do país. Bandeirantes; caracter collectivo e social das bandeiras; vida agreste e de grandes privações que passaram os bandeirantes no internamento gradual pelo país, augmentando o territorio que, pelo tratado de Tordezilhas, não passava do centro da Bahia, indo ao Norte até parte do Pará e ao sul até parte de S. Paulo. Descobrimento das minas. Luctas dos emboabas. Fuga dos negros: Republica dos Palmares. Dominio commercial dos portuguêses sobre os brasileiros; guerra dos Mascates. Rebellião de Beckmann. Escravidão dos indios: conflicto com os jesuitas.

5.º Rapido estudo da Conspiração de Tiradentes, da Independencia da Regencia.

7.º Recapitulação do 4.º ponto do 1.º anno.

EDUCAÇÃO MORAL E CIVICA

1.º Desenvolvimento das idéias transmittidas no primeiro e no segundo anno. Amor da Patria como dever de cada um. Salientar que nós devemos amar o Brasil mas respeitar o amor que têm outros homens aos seus países. Igual estudo nas noções de respeito ao direito de cada familia e de cada pessoa. Desse respeito provem a ordem, base do progresso.

2.º Noção da propria dignidade, perigo do orgulho e da vaidade, perigo do aviltamento. Habito de trabalho methodico como base da felicidade. O asseio do corpo, as horas de somno, o modo de comer, como base de equilibrio nervoso e moral. Insistir na grande influencia da perfeita funcção digestiva, para firmeza da vontade.

3.º Noções sobre o governo do Municipio e do Estado, Intendente, Conselho e Juiz de Paz. Governador, Assembléia, Tribunal e Juizes. Policia. Punição dos criminosos. O jury. Trabalhos publicos de construcção e conservação. Hygiene publica. O professor aproveitará as occorrencias da vida local ou transmittidas pelos jornaes, afim de dar opportunidade para estas noções, que não serão guardadas pelos alumnos, se lhes forem transmittidas em dissertações e palestras, sem referencia a casos concretos.

4.º Noções geraes do Governo da Republica, Presidente, Congresso. Supremo Tribunal, Exercito, Marinha, Alfandegas.

5.º Dará o professor grande importancia á comprehensão dos alumnos quanto aos feriados de 3 de Maio, 2 de Julho, 7 de Setembro e 15 de Novembro.

ELEMENTOS DE SCIENCIAS PHYSICAS

E NATURAES, NOÇÕES DE HYGIENE

    1. observações dos annos anteriores.

O sangue humano, a lympha, o chylo. O coração os vasos sanguineos, lymphaticos e chyliferos. A circulação, seu mecanismo e seus effeitos. Hygiene da circulação.

__________

Os orgams da respiração no homem; orgams principaes e orgams auxiliares da respiração; movimentos e phenomenos outros da respiração; typos de respiração segundo a idade e o sexo. Hygiene da respiração. As eliminações, seus orgams principaes. Purificação do sangue decorrentes das eliminações.

__________

O systema nervoso, como ordenador dos trabalhos dos orgams receptores e orgams de transmissão da corrente nervosa. Connexões intimas da vida vegetativa e da vida animal. Hygiene do systema nervoso.

__________

Os sentidos do homem, e os orgams que lhes são proprios. Sentidos inferiores e sentidos superiores. Hygiene dos orgams dos sentidos.

__________

As bebidas alcoolicas, e seus effeitos sobre a saúde e a vida do homem, do individuo e da especie. Habitos abstemios, sobrios e temperantes.

__________

Os microbios em geral; microbios uteis e microbios nocivos; as molestias microbianas; o contagio; a defesa natural do organismo quando atacado; defesa artificial; vaccinação; meios utilizaveis para destruição dos microbios causadores de molestias.

__________

A peste branca (tuberculose); necessidade de luctar contra a acção constante do seu microbio nas agglomerações humanas. Qual é a sua causa, como ella se transmitte, como escolhe as suas victimas. Meios de prevenir e de debellar o insidioso mal.

__________

Os animaes em geral: vertebrados e invertebrados. Vertebrados e sua classificação. Os Mammiferos que vivem n'agua, e os que vôam; indicação dos mais conhecidos.

__________

Os Mammiferos que pisam a terra; ordens que elles constituem, differenciação destas ordens; animaes que as representam actualmente, sobretudo em nosso meio.

__________

As aves em geral, seus caracteres organicos e differenciaes. As gallinaceas e os pombos. Os passaros, os ovos, os ninhos. Protecção ás aves uteis.

__________

Estudo das aves de rapina, trepadoras, palmipedes e corredoras; caracteres que as distinguem umas das outras: especies uteis á agricultura, especies prejudiciaes aos criadores.

Os repteis, os batrachios e os peixes, sua differenciação. Repteis venenosos, perigo da sua mordedura: meios seguros de evitar os effeitos da peçonha; meios fallazes, que não merecem confiança. A piscicultura, seus beneficios; a pesca, meios e modos de praticá-la; necessidade de regulamentá-la.

DESENHO

    1. observação dos annos anteriores.

Desenho da figura humana.

Estudo da silhueta.

Applicação de côres e tons.

__________

Desenho decorativo ou ornamental.

Exercicios sobre a fauna e flora brasileira. Suas applicações para a ornamentação do lar.

TRABALHOS MANUAES

V. observações dos annos anteriores.

Trabalhos em madeira com auxilio de um canivete

Deve o alumno imaginar o objecto, traçar-lhe o desenho no papel e executá-lo.

Trabalhos de agulha.

Jardinagem.

PRENDAS

Diversas especies de franjas (macramé).

Bordados brancos e de sêda com maior desenvolvimento do que no 2.º anno.

Flôres de papel, de panno, etc.

Renda inglêsa.

Renda facil de bilro ou de almofada.

Elementos de aprendizagem do córte, costura de algumas peças do vestuario dos recem-nascidos.

Preguear e casear.

CANTO E MUSICA

Conhecimento, pelo traçado no quadro negro, das figuras musicaes positivas e negativas com os respectivos valores.

Notas.

Claves.

Pauta ou pentagramma.

Estudo dos compassos simples.

Exercicios de solfejo.

Canto coral de hymnos, escolares, patrioticos e recreativos.

4.º ANNO

LINGUA VERNACULA

    1. programmas dos annos anteriores.

Estudo desenvolvido da lexiologia.

Estudo dos metaplasmos.

Conhecimento dos principaes factos de syntaxe.

Figuras de syntaxe.

Estudo da semiologia: homonymos, synonymos, antonymos e paronymos.

Analyse lexica e syntactica.

Interpretação de trechos escolhidos de bons autores como Feliciano de Castilho, Antonio Vieira, Ruy Barbosa, Carneiro Ribeiro e outros.

Ligeiras noções de literatura através dos principaes vultos nacionaes.

Exercicios de composição.

Redacção de cartas sobre assumptos variados.

Descripção de scenas da natureza e assumptos familiares dados pelo professor ou nascidos da propria iniciativa do alumno.

Requerimentos.

Officios.

Circulares.

Transposição de verso em prosa.

CALIGRAPHIA

Aprendizagem da letra redonda, da gothica e de outras de fantasia.

ARITHMETICA

V. observações dos annos anteriores.

1.º Revisão de todo o programma do 3.º anno. Escrever numeros até bilhões com zeros intermediarios. Operações até 7 algarismos com multiplicador de 5 e divisor de 4 algarismos. Ao ponto 3.º accrescentar divisibilidade por 7, 8, 9 e 11. Ao ponto 4.º do 3.º anno, accrescentar: 1/8 = 0,125, 12 1/2 % = 12,5%.

2.º Estudos pratico e operações fundamentaes de numeros complexos especialmente sobre idade, em annos, mêses e dias; sobre latitudes e longitudes deante do globo e do mappa, em gráus, minutos e segundos. Nos logares do interior onde ainda se usam as medidas antigas, o professor fará problemas, jogando com as mesmas.

3.º Noção pratica de razão e proporções. Problemas muito faceis de regra de 3 simples e composta, problemas de falsa posição, de percentagem, de juros, de descontos, de divisão em partes proporcionaes, de media, de mistura e liga, de cambio sobre os Estado Unidos, França e Portugal. O professor poderá ensinar cambio sobre a Inglaterra, mas não o exigirá dos alumnos. Fará applicação da reducção á unidade, ou analyse sobre os problemas de regra de 3, com o fim de educar o raciocinio dos alumnos.

4.º Potencia. Noção pratica de quadrado e cubo. Raiz quadrada de quadrado perfeito. Raiz cubica de cubo perfeito. Mostrará o professor a facilidade deste trabalho, desde que já se estudaram os factores primos.

GEOMETRIA

V. observações dos annos anteriores.

Repetição geral, com especialidade das noções de agrimensura.

GEOGRAPHIA

1.º Recapitulação do programma anterior.

2.º Forma da terra, pontos, linhas e circulos da esphera, movimentos, estações, dias e noites, anno. Marés. Phases da lua e Eclipses. Pontos cardeaes e collateraes. Hemispherios, zonas, latitude e longitude. Fusos horarios. Raças. Religiões, Estados de civilização. Fórmas de governo. Denominações dos accidentes geographicos.

3.º Principaes accidentes geographicos da America. Superficie e população, países e capitaes, fórmas de governo dos países da America. Comparação da população do Brasil com os demais países da America.

4.º Principaes accidentes geographicos do Brasil. Limites, superficie e população do Brasil. Regiões naturaes: Norte, Nordeste, Leste, Sul, Centro e Oeste. Producções naturaes dessas regiões: Agricultura. Creação de gado. Mineração. Industrias extractivas vegetaes.

5.º Estados e capitaes. Superficie e população de cada Estado. Producções naturaes e industriaes de cada Estado. Progresso dos Estados do Sul: Immigração, clima de estações definidas. Estradas de ferro do Brasil. Portos. Rios navegaveis.

6.º Estado da Bahia. Limites. Superficie. População. Comparação da superficie e da população da Bahia com os demais Estados do Brasil. Principaes accidentes geographicos da Bahia. Regiões naturaes e suas producções. Estradas de ferro. Portos. Rios navegaveis da Bahia. O professor terá em exposição nas paredes da sala os quadros comparativos da producção da Bahia, fornecidos pela Directoria de Estatistica.

7.º Europa. Limites. População. Países e Capitaes. Principaes accidentes Geographicos. Governo da Europa. Principaes productos naturaes e manufacturados que nos vêm da Europa. Industrias brasileiras que já fazem grande concorrencia á Europa, no mercado brasileiro. Comparação da superficie e da população do Brasil com os dos países da Europa.

8.º Países e Capitaes da Asia. Principaes rios, montanhas e desertos e producções da Asia. Grande progresso do Japão. Immensa população da China e a India. Países da Africa independente e suas capitaes. Regiões africanas sob o protectorado ou colonias da Europa. Principaes rios e desertos e producções da Africa. Grande progresso da Colonia de Cabo. Principaes regiões da Oceania: grande progresso da Australia e da Nova Zelandia.

O professor procurará fixar no espirito dos alumnos a lembrança das regiões, indicando suas grandes producções accessiveis á intelligencia infantil. Taes noções devem ser dadas como lições de coisas, aconselhando o professor aos alumnos a leitura de almanaques e o colleccionamento de recórtes de jornaes sobre dados estatisticos do nosso país e dos estranjeiro.

HISTORIA DO BRASIL

1.º Recapitulação methodica e completa dos pontos 1.º a 5.º do 3.º anno.

2.º Rapida explicação das luctas com os espanhóes do Sul. Effeitos destas luctas no desbravamento do Paraná, Santa Catharina e Rio Grande do Sul. Espirito de Independencia entre os brasileiros. Conspiração de Tiradentes.

3.º Napoleão obriga a familia real portuguêsa a fugir para o Brasil. Vexames trazidos pela chegada da côrte. Abertura dos portos. Fundação de quarteis, banco, imprensa, jardim botanico e outros estabelecimentos no Rio de Janeiro. O Brasil elevado á categoria de Reino. Revolução Pernambucana em 1817. Volta da Familia real. Principe Dom Pedro. Fico. Influencia de José Bonifacio e da princesa. Lucta na Bahia antes de 7 de Setembro. Joanna Angelica. Grito do Ypiranga. Guerra na Bahia. Dois de Julho. Constituinte Brasileira. Dissolução da Constituinte. Constituição Imperial de 1824. Revolução de Pernambuco de 1824. Hostilidades entre brasileiros e portuguêses. Noites das garrafadas. Abdicação de Pedro I.

4.º Regencia. Grandes desordens no Rio de Janeiro e nas provincias. Acção de Diogo Antonio Feijó. Sabinada, Balaiada. Farrapos. Maioridade de Pedro II. Revolução de S. Paulo, Minas e Pernambuco. Pacificação do Rio Grande do Sul. Guerra contra Oribes e Rosas. Primeiras estradas de ferro. Visconde de Mauá. Immigração européia e desenvolvimento da agricultura no Sul do país.

5.º Guerra contra o Uruguay e o Paraguay. Nova phase de progresso. Telegrapho, submarino, estrada de ferro immigração, propaganda abolicionista. Libertação dos nascituros. Eleição directa. Viagens do Imperador.

6.º Liberdade dos escravos. Desorganização da agricultura e desgosto dos senhores de engenho. Proclamação da Republica. Governo Provisorio e Constituição de 24 de Fevereiro. Governos das Republicas até 15 de Novembro de 1910. Consolidação com Floriano. Pacificação com Prudente. Restauração financeira com Campos Salles. Delimitação do territorio, saneamento do Rio de Janeiro, novas estradas de ferro com Rodrigues Alves e Rio Branco. Propaganda no exterior, importancia diplomatica, nova marinha de guerra, novas estradas de ferro e portos com Affonso Penna. Rio Branco e Ruy Barbosa.

EDUCAÇÃO MORAL E CIVICA

1.º Recapitulação dos assumptos de 1.º, 2.º e 3.º anno.

2.º Importancia do municipio no progresso do País. Se todos os cidadãos trabalharem por seu municipio o desenvolvimento geral será mais seguro. As auctoridades do Estado e do País estão muito longe e não podem ver facilmente as necessidades immediatas de cada localidade. O professor se esforçará por convencer os alumnos do dever que tem de trabalhar pela localidade em que vivem. Salientando as necessidades do municipio em que trabalha o professor evitará fazer apreciações deprimentes, levantando, ao contrario o animo dos alumnos e indirectamente de suas familias. Recordará a observação da Historia do Brasil mostrando que, no passado todos os logares eram atrasados e com o tempo trabalho e perseverança, foram subindo em progresso e civilização.

3.º Direito e dever do voto. Maioridade aos 21 annos Registro civil. Eleição do Presidente da Republica, Deputados e Senadores. Governadores e Presidentes de Estados, Congresso, Intendentes e Conselheiros. Lembrar que o Presidente da Republica noutros países é eleito pelo Congresso. Eleições de 2.º grau.

4.º Impostos. Dever do imposto. Orçamento. Utilidade e perigo dos emprestimos. Imposto de renda e suas vantagens. Defeito de nossa organização orçamentaria. Mal do imposto de exportação.

5.º Serviço militar. A guerra é um mal inevitavel nas condições actuaes de civilização. Não só nas linhas do exercito o cidadão servirá á Patria no momento da guerra: o industrial, o agricultor são elementos de suprema importancia no exito da guerra.

ELEMENTOS DE SCIENCIAS PHYSICAS

E NATURAES, NOÇÕES DE HYGIENE

    1. observações dos annos anteriores.

Os insectos em geral. Morphologia do seu corpo; sua vida e sua

reproducção. Metamorphose e mimetismo nos insectos. Insectos uteis.

__________

Estudo dos insectos nocivos sob todos os aspectos: especies parasitas do homem e transmissores de molestias.

__________

Os crostaceos, especies uteis; o arachnideos e os myriapodos; os vermes em geral, especies parasitas do homem; os molluscos, especies comestiveis; os radiozoarios e os protozoarios.

__________

A planta em geral; o eixo da planta, morphologia da raiz e do caule; funcções destes orgams; cuidados que reclamam.

__________

Estudo da folha: descriminação das partes que a compõem. Funcções que desempenha este orgam, sua importancia para a nutrição da planta.

__________

A flor: orgams protectores, orgams da fecundação, influencia dos ventos e dos insectos na effectividade desta. Desenvolvimento do ovario, constituição do fructo e da semente. Fructos seccos, fructos carnudos.

A semente: partes que a compõem. Disseminação e seus agentes. Germinação e seus factores. Phenomenos germinativos. Multiplicação das plantas, independentemente da fecundação.

__________

A classificação geral dos vegetaes. Plantas sem flôres e plantas com flôres. Plantas sem raíz e plantas com raiz. Principaes typos e classes de vegetaes.

__________

Plantas alimentares e forrageiras; estudo das principaes especies em nosso meio, e das utilizadas por nós.

__________

Vegetaes uteis ás industrias: texteis, oleaginosas, aromaticas. Plantas medicinaes e plantas venenosas; vegetaes nocivos ás plantas, aos animaes, e ao homem.

__________

Influencia da vegetação nas condições de conservação e de protecção do solo, clima e salubridade: necessidade real da protecção das mattas contra as devastações inconscientes, egoisticas e gananciosas.

__________

Defesa do individuo contra as inclemencias do meio externo: a casa e o vestuario; noções sobre as condições hygienicas que precisam ter uma e outro.

__________

Defesa da raça e da conservação da especie pela vulgarização das noções de puericultura. Necessidade da selecção dos noivos; cuidados intelligentes ás gestantes; hygiene post-natal.

Livros:

Nos 3.º e 4.º cursos, os alumnos, mais adeantados, poderão utilizar os livros seguintes:

V. Martel – elementos usuaes das sciencias physicas e naturaes.

Dr. Saffray – (ensino intuitivo) – lições de coisas. Traducção de B. Alves Carneiro.

Claro está que ao professor não bastará conhecer estes, convido-lhe manusear ainda outros trabalhos. Por exemplo:

Wlademiro Potsch – Historia natural;

    1. A. Seignette – Elements usuels des sciences physiques et naturelles Ouvr. adopté pour les écoles primaires de la Ville de Paris, 1er, 2e, 3e cours.

Exercitando-se sobre as dosagens dos conhecimentos, e vendo como deverá transmitti-los, o mestre não ficará inhibido de compulsar obras de maior vulto, que aperfeiçoem sempre crescentemente o seu saber, comtanto que não pretenda infundi-lo, abstractamente e na mesma dóse nos cerebros das creanças.

DESENHO

Repetição geral. Exercicios geraes sobre qualquer assumpto dos programmas anteriores.

TRABALHOS MANUAES

Observação

Não deve o professor esquecer que o curso dos trabalhos manuaes e desenhos se destina a despertar a personalidade da creança, descobrir-lhe as aptidões e dar-lhe amôr ás profissões manuaes.

Desenvolvimento dos programmas anteriores.

PRENDAS

Bordados a ouro, a froco, a relevo.

Córte e feitura das differentes peças do vestuario.

Trabalhos de fantasia com utilidade pratica.

Aprender a costurar e a bordar na machina onde seja possivel.

CANTO E MUSICA

Conhecimento, pelo traçado no quadro negro, das figuras musicaes positivas e negativas com os respectivos valores.

Notas.

Claves.

Pauta ou pentagramma.

Estudo dos compassos simples.

Exercicios de solfejo.

Canto coral de hymnos escolares, patrioticos e recreativos.

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19407

IMPRENSA OFFICIAL DO ESTADO

BAHIA – 1925

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