III. Responsabilidade dos professores dos cursos da Escola, em promover os mesmos referidos fins:
1. Tomar a iniciativa de informar os directores dos centros de pratica de ensino das novas idéas nos seus campos especiaes de estudo:
a) atravez de contacto pessoal;
b) atravez de participação nas sessões dos directores de prática;
c) supprindo os professores dos centros de pratica de copias mimeografadas de todo o material distribuido aos estudantes;
d) partilhando com os directores dos centros de pratica o uso de bons livros ou outros materiaes, ou chamando a sua attenção para material em livros e revistas que se achem na biblitheca.
2. Discutir com os directores dos centros de pratica, no fim de cada periodo, o gráu de habilidade que espera os seus estudantes devam mostrar de accordo com os cursos que receberam e o gráu de proficiencia que não deve ser esperado.
3. Continuar o plano de "trabalho especial e completo" para a pratica de ensino.
4. Visitar os centros de pratica e auxilial-os no desenvolvimento das varias materias do curriculum.
5. Prover os directores de pratica de ensino com relatos escriptos de todas as visitas.
6. Auxiliar o julgamento do trabalho dos estudantes, indicando os bons e os pobres exercicios observados e dando-lhes nota.
7. Sempre que possivel, projectar programmas de trabalho em seus assumptos, que pareçam uteis promover nos centros de pratica.
8. Convidar os professores dos centros de pratica para todas as exhibições ou assembleas interpretativas do curriculum.
9. Trazer para as sessões dos directores de pratica, material indicativo do trabalho dos estudantes, taes como livros e cadernos de notas, projectos, etc.
10. Usar toda occasião disponível para troca de idéas com os professores dos centros de pratica.
11. Ter horas de conferencias, de sorte que os estudantes em pratica de ensino possam facilmente consultal-o sobre os seus problemas individuaes.Aulas
O trabalho de classe obedece ao systema de problema e discussão collectiva. Nada faz lembrar a nossa aula-conferencia ou a nossa aula-lição.
A classe se reune para estudar um problema concreto e definido. Não é formal nem academica. A discussão é aberta por qualquer alumno com uma consideração, geralmente pessoal. Ao principio o problema é atacado desordenadamente, por diversos aspectos.
Si o professor, porem, percebe nas contribuições espontaneas dos alumnos qualquer coisa valiosa, aproveita-se para attrahir a attenção da classe para esse ponto.
Si lhe parece util um auxilio, elle o dá, mas sempre prefere que o trabalho se realize dentro da classe, com os seus elementos.
A principio, um de nós, com a mentalidade academica e formal que possuimos, estranha e critica o methodo. Não é scientifico, não é ordenado, - era o que eu dizia quando me puz em contacto com o processo. Depois, perde-se muito tempo.
Pode ser verdade, mas o que se perde é muito menos do que o que se ganha. O americano comprehendeu que só ha um meio de pensar, que é o homem se pôr em lucta com um problema e procurar resolvel-o.
Pensamento ou conhecimento recebido passivamente é somente meio-pensamento ou meio-conhecimento.
Nós estamos saturados dessa meia-cultura, desse meio-conhecimento. Sabemos tudo pela metade, mais ou menos. Nunca pensamos, por nós mesmos, o problema.
Lemos o que os outros pensaram a respeito.
Está claro que o que temos é muito mai consummado, muito mais perfeito do que esse conhecimento tosco e incerto que floresce dessas deliciosas discussões em classe, que são hoje para mim uma das fascinações do ensino americano. Mas, o que se conquista aqui, nessa hora de estudo collectivo, é do estudante, é propriedade sua, foi amassado pela inteligencia, é pensamento seu.
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