Posição Religiosa
M 1925 celebrava-se o Ano Santo e, peregrino de sua fé, partiu Anísio em companhia de Dom Augusto Álvaro da Silva, arcebispo-primaz, depois Cardeal da Silva, a visitar Roma, viagem que prolongou à França e Bélgica em observação de serviços educacionais.
Vai direto à Espanha, onde passou dois dias meditando no Santuário de Santo Inácio, em Manresa. Daí tomou o rumo de Roma alojando-se em companhia de vinte Bispos no Colégio Pio Latino Americano, o primeiro leigo a merecer tal deferência. Recebeu-o pela mão de Dom Augusto, em audiência pessoal, Pio XI e Anísio guardou a lembrança do Papa lhe apondo as mãos sobre a cabeça e, entre paternal e afetuoso, abençoando-o. Dirigiu-se a Paris e se hospedou, tendo por companheiro o Prelado, num convento.
Distribuiu o tempo entre a Sorbonne e visitas a instituições escolares. Não lhe proporcionaram debates e conferências as bases intelectuais que corroborassem a tranqüilidade das certezas religiosas. Torturava-o a "necessidade metafísica do absoluto" que, entretanto, o processo da inteligência não proporciona. A fé é outra coisa. Vem de outras fontes. É por isto que há dogmas. Já por esse tempo, acometia-o, são palavras, suas, a crise de consciência entre os deveres para com Deus e os deveres para com o homem.
Nessa fase de sua primeira administração na Bahia esteve Anísio duas vezes na América do Norte, em abril de 27 comissionado por lei para "estudos de organização escolar", e durante todo ano letivo, de fim de 1928 a 1929, por dez meses, graduando-se em Master of Arts no Teachers College da Universidade de Columbia. Era o primeiro estudante brasileiro a matricular-se no Colégio, a quem aconselharam estudos especiais relativos à administração e filosofia da educação.
Da primeira viagem resultou o relatório de 166 páginas, publicado em 1928 sob o título Aspectos Americanos da Educação, dividido em duas partes, a primeira versando fundamentos da educação, a segunda relatando o funcionamento de instituições de ensino. É desse relatório o resumo pioneiro das idéias de John Dewey aparecido no Brasil. Nesse documento explicitam-se as duas orientações metodológicas a que Anísio se manteve invariavelmente fiel: não há educação sem teoria da educação, nem educação sem o diagnóstico das situações que está chamada a resolver.
Ele chega católico aos Estados Unidos e de lá regressa liberto de qualquer crença revelada. A crise religiosa conheceu ali seu epílogo. Nelson Teixeira encontrou-o presa de penosa aflição de consciência como alguém que se debatesse na escuridão. Diálogos com o confessor não lhe trouxeram paz, embora este o advertisse que apenas se achava tolhido pela perspectiva jesuítica muito fechada e muito mortificante da visão católica. Contara em 1952, na entrevista "Prioridade número um (1) para a educação", concedida ao jornalista Odorico Tavares: "Por volta de 1927, senti haver superado essas mortais contradições, reconciliando-me com a filosofia que primeiro me influenciara, a do espírito naturalista e científico de que me tentara afastar o ultramontanismo católico dos jesuítas. Trouxe de meus cursos universitários na Europa e na América não somente esta paz espiritual mas um programa de luta pela educação no Brasil".
A lição veramente importante aprendida por Anísio da experiência educacional americana é que ele mediu com os próprios olhos o papel de um sistema educacional na história da nação mais industrializada, rica e poderosa. Não se limitava a educação a processo de conservar e envernizar o estabelecido, mas igualmente se destinava a expandir e mudar. O arsenal americano de teorias e práticas pedagógicas opunha-se à concepção elitista de sua formação católico-jesuítica. Fadado a dividir os indivíduos não por aptidões de inteligência mas por classes da estrutura social, o eletismo filia-se à concepção aristocrática da vida.
É esse Anísio "lapidado pela América", na frase de Monteiro Lobato, que retorna com "um programa de luta pela educação no Brasil". A nova atitude no campo religioso não provocou estranheza nem lhe criou na Bahia dificuldades no relacionamento pessoal e administrativo. Os conflitos ideológicos não haviam ainda alcançado no país, e muito menos na Bahia, a repercussão e a aspereza dos anos 30.
O ciclo americano de estudos fez história na carreira e na filosofia de Anísio Teixeira. A cena social dos Estados Unidos, sobretudo vista da Universidade, que foi o campo onde ele pensou e trabalhou, reforçou-lhe a fé democrática e republicana, ampliou-lhe as perspectivas futuras da obra educacional, ofereceu-lhe a motivação de um pensamento organizador que se arrematava por uma concepção do mundo naturalista e científica. A ambiência respirada na América, os contatos intelectuais e pessoais, a atmosfera antidogmática do ensino, as aberturas da pesquisa e da especulação filosófica, tudo isto conduziu-o a conceber a interpretar o mundo fora das quatro linhas da mística jesuítica em que se enleiara. Sentiu-se realmente libertado, não porque houvesse adquirido, em lugar das velhas certezas definitivas, novas certezas definitivas, mas porque aprendera um processo, um método diferente de pensar e colocar problemas.
O primeiro desses problemas estava na posição diante da vida. Que significava, que dela se pode esperar? A visão do mundo moral e religioso decorrente de nova concepção filosófica significaria em Anísio muito mais que ornamento intelectual. Ele abandonava uma imagem da existência, um sistema de valores aos quais afeiçoara a inteligência e sentimentos, em suma, uma regra de conduta pessoal e mental. Seu catolicismo ultrapassara o convencionalismo, fora profundo, integrara-se a seus modos de pensar e de agir. Agora, descobrira e dominava uma instrumentalidade diferente no ofício de interpretar o universo e colocar dentro dele o homem, o destino e os deveres do homem.
Contava então 27 anos e fervia nele algo como um ardor juvenil pela descoberta que fizera ao superar o escolaticismo ultramontano e reconciliar-se com a filosofia de espírito naturalista e científico. Desde logo, duas idéias capitais eliminar-se-iam pela posição filosófico-experimentalista em que se lhe integrou o pensamento. Destas duas idéias, uma era a do pecado, outra a de que a existência se destinava à preparação para se ganhar a salvação futura. Ele as vivera na prática de sua devoção com a inteireza de um convencido. Péricles Madureira de Pinho recordou a presença de Anísio, diretor da Instrução, numa missa comemorativa na Penitenciária baiana, fita de congregado mariano pendente do pescoço e marchando entre os presos para a mesa da comunhão. Longe de exibição, era pura afirmação de fé e de ausência de respeito humano, o famoso respeito humano tão combatido e reptado pelos nossos mestres jesuítas.
Da noção de pecado decorria a de natureza humana corrompida, quando, na verdade, essa natureza não se lhe afigurava nem boa nem má, pois dotada de "instintos flexibilíssimos", cabia-lhe fornecer "condições e os limites para a ordem social". Além disso, conceber a existência como preparação de salvação futura, importava em colocar a finalidade da vida fora da vida, reduzindo-se a atividade humana a simples meio de lograr-se o bem.
Desmoronara a concepção filosófica católica de sua formação jesuítica. Essa formação não modelara nenhum místico, ou um piedoso, mas um intelectual que trabalhara a inteligência na aceitação da verdade revelada. Ele educara-se como militante da fé na ambiência evangelizante da Companhia de Jesus. Idéias, noções, conceitos alicerçavam a crença religiosa sublimada pela devoção à maior glória de Deus.
Na verdade, permanecera igual antes e depois de católico, dedicado sem sombra de interesse personalista, sério, comunicativo e modesto; iluminado pela inquietude da inteligência sôfrega de compreender; frugal; indiferente ao luxo; de rígida moralidade pessoal; sertanejo de raiz, o oposto à "volúpia barroca do recôncavo" onde reina a Bahia gorda e opulenta. Austero sem ser triste, nem convencido, nem formal. A austeridade sertaneja é uma força e não uma atitude.
Do choque de concepções interpretativas nasceu-lhe o dilema entre a inteligência como ponto de referência supremo na compreensão do universo e a fé cujos dogmas paralisavam a racionalidade das conclusões possíveis no plano naturalístico.
Além disso, nascido e criado em país atrasado, ao sentir quanto o trabalho instruído pela ciência e pela técnica aprofundara o domínio sobre a natureza e edificara civilização jovem e otimista como a americana, identificou em outra filosofia as coordenadas de uma construção mental que capacitasse o homem a libertar-se a si mesmo da ignorância, da opressão e, nomeadamente, da condenação de transitar na terra em busca da infinita, sobrenatural bem-aventurança.
O ardor conceitual com que em Marcha para a Democracia, editado em 1934, de subtítulo "À margem dos Estados Unidos", repele os postulados teológicos do catolicismo argüidos de antípodas do pensamento científico, descansa neste fundamento central: revelação e razão se excluem. A primeira expressa-se em dogmas, a segunda em conclusões de objetividade verificável.
A juvenilidade desse livro, pleno de otimismo progressista, a credibilidade do saber científico balizam os rumos intelectuais de Anísio ao superar o escolaticismo. Ele reivindicava confiança na razão, no método experimental, numa época em que, em seu próprio país, alarmada a cristandade clerical ante o mundo em crise de mudança, apelava-se para uma volta à Idade Média e se atiravam foguetes à precariedade das conquistas científicas. O editor foi chamado à polícia.
Jamais perderia essa confiança e esse otimismo. Sua posição poderia assim resumir-se: o homem é uma invenção grega a que a ciência ajuntou nova e maravilhosa dimensão.
Anísio não receiava o progresso. Toda contestação à imperiosidade de suas virtudes advertia, não obscurece de, pela primeira vez, apresentar a moderna era científica condições que qualificam o progresso com a alternativa mais auspiciosa da civilização. Em Anísio, possuía o progresso conotação definida: domínio sobre a natureza, base da transformação social habilitadora do ser humano à expansão de suas potencialidades; possibilidade agregadora de "um corpo de crenças científicas, isto é, fundadas na observação e experimentação como já existe em relação ao mundo físico, a ser estendido ao mundo social, religioso e político".
A ciência caberá, portanto, aplicar-se ao estudo dos desígnios e propósitos humanos a ela tradicionalmente subtraídos e colocados sob a disciplina da autoridade religiosa, filosófica e literária, passe de mágica idealista que desfechava na criação de dois mundos independentes - o dos meios e dos fins. Esta separação antagonisa o espiritual com o material. Dela provém o preconceito de argüir-se a civilização de nossos dias de materialista, de sufocadora e desfiguradora de valores e fins pelas repercussões perturbantes das invenções e produtos tecnológicos nos costumes e nos laços sociais da convivência. É como se houvesse demasiado máquinas, como se bravia onda de materialidade, de materialismo, é a palavra mais usada, estimulasse nas relações humanas o egoísmo, os baixos apetites; e o apelo do sacrifício, da generosidade se apagasse na mente dos indivíduos.
Esta visão nostálgica e classista, subproduto das transformações revolucionárias da vida moderna, acusa o progresso de suprimir o indivíduo, alarmada ao perceber que a índole de tais transformações onde melhor se harmoniza é numa civilização de massa em que a produção não se limite, como no passado, ao consumo selecionado. A filosofia dessa civilização envolvendo positivo ato de fé no homem comum, segundo o dizer anisiano, não ignora a existência de indivíduos excepcionais pela capacidade e pelo papel que representavam na história.
A racionalidade é uma conquista não cessa Anísio de lembrar e comentou: "Tão pouco racional é o homem que nunca a observação mais elementar pode ser bastante para afastar as extravagâncias mais arrebatadas ou mais ingênuas que a imaginação dele chegasse a elaborar".
Afastada sua origem divina, a imagem que Anísio concebe do homem repele a idéia de uma corrupção originária e também a de que sua natureza, evoluindo de formas primitivas e bárbaras, fosse necessariamente evoluindo para um refinamento progressista demorado mas inevitável.
No fundo, esse modo de ver, de que Spencer foi o grande sacerdote, abandonando embora a tese de natureza humana corrompida, continua a considerá-la atrasada e má. Tocaria à evolução operando no caráter de força benevolente e progressiva guiá-la de estágio a estágio até a possível harmonia universal. Não se conhece, entretanto, evolução espontânea e perfeccionista, "porque não há nada, raciocina Anísio, que justifique hoje afirmar-se que uma lei imanente qualquer governa o progresso social, ou mais exatamente, as mudanças sociais".
Da natureza humana, onde se deparam condições e limites da ordem social, dirá Anísio não ser nem boa nem má, mas dotada de instintos flexibilíssimos, que a tornam essencialmente mutável. Os mesmos instintos exprimem-se em formas sociais as mais variadas e diversas e até antagônicas. Nem materialismo nem espiritualismo explicam o homem, escreveu Anísio, sem deixar no fundo um gérmen de conflito e dualismo. Entendido, porém, como forma unitária e complexa de vida, o homem situa-se dentro do quadro natural sem nenhum mistério, sem nenhuma contradição irreparável que nos obrigue a soluções mais ou menos transcendentes.
Na ordem natural, de que o homem é integrante, importa, isto sim, conhecer-lhe as leis não para aceitá-las passivamente, mas para dominar os fatos por elas revelados. É dado significativo da posição filosófica de Anísio, que "o fato uma vez conhecido torna-se diferente, realmente diferente, do fato ignorado. Conjuga-se com o homem, com os seus propósitos, os seus desejos, as suas antipatias e transforma-se em um fator novo, a que se aliaram novos elementos, que vão modificar a própria estrutura das coisas".
Ao perder a fé católica, permaneceu intacto em Anísio o espírito de devoção, o espírito missionário tão profundo em sua personalidade moral. A demagogia ultramontana, o sectarismo confessional nele apontaram um materialista menos no sentido filosófico do que de um corruptor das virtudes cristãs. Claro que também não escapou da pecha de comunista.
Trabalhou, entretanto, com colaboradores de variadas confissões religiosas e filosóficas, que lhe aceitaram a liderança e o cercaram de admiração, amizade e mesmo carinho. Era realmente extraordinário o ambiente de confiança e reciprocidade afetuosa que em torno dele se formava. Não sofria de pedantismo intelectual, sua importância estava em seu serviço, sua bondade não traía frouxidão, gostava de exigir tarefas bem executadas e "aqueles que trabalharam com ele como chefe". depõe Abgar Renault, "não trabalharam sob suas ordens, trabalharam junto dele, com ele, lado a lado, com ele, isto é, tinham liberdade total na maneira de pôr obra o seu pensamento diretor".
Documento significativo e no qual, fato único em toda obra anisiana, falou de sua posição religiosa, é o admirável artigo publicado em A Tarde de Salvador em outubro de 1961 na oportunidade dos cinqüenta anos, jubileu sacerdotal de Dom Augusto Álvaro da Silva, arcebispo-primaz da Bahia, de que Anísio participou pessoalmente. Eram amigos, a compreensão de Dom Augusto jamais lhe faltou nem a paternal afeição com que o distinguia. Anísio admirava-o. Fora seu colaborador no Congresso Eucarístico de 25, na Bahia, e redigira quase sozinho um jornal diário do Congresso, impresso nas oficinas do Diário Oficial: "Sua figura de asceta e homem da Igreja, recordou, continuava a ser, para o diretor da Instrução, o exemplo sem par".
A inflexibilidade de Dom Augusto, os duros conflitos que provocou pela purificação da doutrina católica mesclada de folclore popular, a campanha pelas vocações sacerdotais, exaltavam na imaginação do diretor da Instrução o vulto do Arcebispo, que, trinta anos depois do primeiro encontro, ele relembrava no seu perfil escultural: "enobreceu o duro ofício de homem, realizando a tarefa sem igual de sobrepor a regra e a virtude ao instinto e ao impulso, fazendo nascer dessa disciplina o homem novo do Evangelho", esse homem "que pode viver sem felicidade" porque busca nos arcanos da fé os supremos valores da existência.
A fidelidade à vocação, a intransigência do dever, a opção de viver limpo das subalternidades do interesse, alimenta e enrijece esses soldados de Deus como Dom Augusto, ou vocações temperadas pelo altruísmo como a de Anísio. Eles conservam no coração e na cabeça a estrela da vida moral. A presença dessa luz era o que Anísio exaltava ao concluir o louvor do Arcebispo: "Vimos de Deus e vamos para Deus, no sentido de que emergimos da humanidade pelo nascimento e voltamos à humanidade pela morte. No intervalo somos portadores de Deus, carregamos Deus como na bela legenda de São Cristóvão. Nosso dever é levá-lo vivo até a outra margem. Ajudamos a manter vivo Deus. Esta, a carga suprema de viver. Uns, como São Francisco de Assis, realizam a tarefa extrema com suave alegria. Outros, como São Cristovão, morrendo sob o peso da carga implacável e infinita. Dom Augusto é antes São Cristovão do que São Francisco de Assis. Mas na casa do Senhor há várias mansões e não sabemos quais dos seus habitantes são maiores.
Conservo minha formação religiosa. Perdi as crenças formais. Mas continuo a reconhecer nos homens uma missão suprema: a de aumentar na vida a presença de Deus, servindo ao espírito e aceitando o encargo de transportá-lo durante o fugaz período da existência, a fim de conduzi-lo, se possível enriquecendo, à margem de outro nascimento".
Da formação religiosa guardou Anísio o pendor missionário, a ardência do imperativo moral que, transcendendo o ato sensitivo de existir, coloca seu portador no plano do destino tecido pelas coordenadas da vontade e pela entrega a um apostolado, a uma missão.
As crenças formais perdidas podiam consubstanciar-se no Credo que ele tanto rezou. Guardou o apelo ao devotamento, consagrando-se à tarefa de manter vivo Deus, isto é, carregar o facho das nobres ações e virtudes que, de geração a geração, iluminam o caminho ao longo do qual os eleitos da fé e do ideal amam sacrificar-se, até o extremo de viver sem felicidade, porém imperturbáveis no atravessar o rio do tempo, impávidos, resolutos, fiéis ao destino predestinado ou escolhido.
Toda a existência de Anísio teve a iluminá-la, a aquecê-Ia o sentimento religioso. Independente de crenças reveladas ou filosóficas, o sentimento religioso de todas elas se alimenta como expressão suprema de um patrimônio espiritual que, enobrecendo a vida, em fonte de coisas belas e graves, de imaculada pureza subjetiva, a transfigura. Dom divino, aventura ou acidente da matéria, sacraliza-se a vida pelo testemunho que com ela podemos oferecer, nas devoções e sacrifícios que inspira. Lembro-me daquele Cardeal que abandonou sua púrpura e foi para África a tratar de leprosos; daqueles monges budistas, que, imolando-se no fogo, denunciaram a estupidez da guerra; dos homens de fé política, ou filosófica que nenhuma adversidade pôde vergar.
São exemplos excelsos e sei que Anísio jamais sonharia ser a eles comparado. Mas, nos limites do contexto nacional, onde cumpriu seu destino, ele foi intrépido, através das incompreensões e perseguições sofridas. Não renunciou, não se amoldou, não desesperou da vida que ofereceu à reconstrução educacional brasileira.