Casa Natal de Anísio Teixeira
Bem tombado: Casa Natal de Anísio Teixeira
Localização: Praça da Catedral, 57.
Autor do projeto: *
Data da construção: Início do Séc. XIX.
Proprietário atual: Família Spínola Teixeira.
Tombamento: Decreto n.º 28.398 de 10 nov. 1981, de acordo com a Lei n.º 3.660 de 08 jun. 1978 e Decreto 26.319 de 23 ago.1978.
Histórico:
Não há documentação conhecida sobre a construção destes edifícios. O que parece evidente é que se trata de conjunto de dois imóveis de épocas diferentes, posteriormente interligados. O sobrado é possivelmente do início do século XIX, enquanto a casa seria de construção posterior. Segundo a tradição, o construtor do sobrado teria sido Manoel Fraga, responsável, também, pelas obras da Igreja de Santana. Em 1885, estabelece-se em Caetité, vindo de Palmas de Monte Alto, o médico Deocleciano Pires Teixeira, que adquire o imóvel, com todo o seu acervo, de Manoel José Gonçalves Fraga. Já nesta época, os dois edifícios constituíam uma só propriedade. Em 1900, nela nasce e passa sua infância Anísio Spínola Teixeira, o grande educador brasileiro. Em 1930, falece o Dr. Deocleciano Teixeira, deixando o imóvel para sua mulher, Anna de Souza Spínola, e seus onze filhos. Em 1944, por morte de D. Anna Spínola Teixeira, o imóvel passa para a posse plena de seus filhos e descendentes.
Descrição:
Dos últimos testemunhos existentes de casa urbana brasileira do séc. XIX, com todo o seu acervo e vivência, é notável, não só por resultar da fusão de um sobrado e uma casa, como pelo fato de Ter sido conservada integralmente, com seu mobiliário, decoração e utensílios originais. A mesma fusão de um sobrado e uma casa foi registrada em Riacho de Santana, na Praça Monsenhor Tobias. O sobrado data aparentemente do início do séc. XIX e segue o esquema comum existente na Costa em todo o período colonial e imperial: comércio no térreo e residência no pavimento superior. A casa é uma construção de porão alto, elemento introduzido pelos construtores neoclássicos e que só chegou ao interior na metade do século passado. A disposição planimétrica dos dois edifícios deriva da planta com três faixas de uso: salões sociais debruçados sobre a rua; faixa intermediária de alcovas, e salões íntimos, abrindo-se para o quintal. Esta planta foi adotada com muita freqüência na Chapada Meridional e Serra Geral, tanto em casas urbanas como rurais.
Texto pesquisado em:
SANTOS, Helena Lima. Caetité, pequenina e ilustre. Bahia, 1976.
Inventário de Proteção do Acervo Cultural da Bahia, vol. III. Salvador, 1982.
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